Brasília-2025

Prata da casa! Brasiliense Duda Borges brilha nos Jogos da Juventude

No rastro da campeã olímpica Ana Marcela Cunha, nadadora Maria Eduarda Borges leva o Distrito Federal à medalha de prata nos Jogos da Juventude Brasília-2025. Paixão por nadar vem dos pais triatletas

O legado da medalha de ouro de Ana Marcela Cunha nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 alancou o cerrado. Mesmo sem mar, a capital do país tem uma candidata à sucessão da baiana campeã olímpica. Maria Eduarda Borges levou o Distrito Federal à conquista da medalha de prata nas águas abertas nesta terça-feira, no Lago Paranoá, na segunda semana dos Jogos da Juventude. A largada e a chegada foram no Iate Clube. Brasília recebe o evento organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) até o próximo domingo (21).

A jovem Maria Eduarda, de 15 anos, é de uma família de esportistas. Aventurou-se por muitas modalidades antes de se encontrar na natação. O exemplo dos pais Fernanda Nóbrega e Bruno Nóbrega, adeptos do triatlo, incentivou a garota a nadar por diversão. Em 2024, ela recebeu o convite do treinador Waldemyr Wood para treinar com a equipe. Consequentemente, entrou para o time de alto rendimento.

A opção por águas abertas partiu de um estímulo doméstico. O irmão, Alexandre César Nóbrega, disputava o circuito brasileiro da modalidade. Interessada, resolveu acompanhá-lo no torneio. Resultado: conquistou o primeiro lugar. Desde então, decidiu investir em águas abertas e não parou mais. No último ano, Maria Eduarda realizou o circuito brasileiro inteiro. Diante do êxito, foi convocada para o training camp da Seleção Brasileira.

Duda estreou nos Jogos da Juventude medalha de prata no pescoço logo na primeira prova. Caçula entre os competidores, a brasiliense se sentiu grata, principalmente por ter disputado uma prova muito dura. "Na primeira volta, como largamos todos juntos, fica bem apertado e acabamos nos batendo até conseguirmos nos separar", conta.

Antes de pular na água, Duda enfrentou desafios. "Na preparação, acho que a parte mais difícil é se concentrar. Saber o que comer, em qual horário pode comer. Senti muito frio também antes de cair. Então, fiquei com medo de me atrapalhar, mas no fim foi tranquilo”, contou.

Gabriel Heusi/COB - Brasiliense Maria Eduarda Borges (E) levou Brasília ao pódio nesta terça (16/9)

Pela primeira vez em um torneio que proporciona vivenciar a experiência de um mundo olímpico, subir ao pódio coroou uma realização pessoal da jovem. “Eu estou muito feliz, não achei que fosse conseguir o pódio. Então, para mim, foi muito surpreendente”, comemorou. “Muita coisa passava pela minha cabeça, mas o principal foi que eu tinha conseguido algo que eu queria muito”, complementou.

Os Jogos da Juventude não terminaram para a brasiliense. Duda disputará a prova de revezamento com o parceiro Miguel Kishi. "As expectativas estão muito boas. Eu e o Miguel estamos bem conversados. Ele vai abrir e eu vou fechar. Será uma prova forte", projetou.

*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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