
No Dia do Atletismo, celebrado nesta quinta-feira (9/10), o esporte base do movimento olímpico volta a ficar no centro das atenções. A grande pergunta é como o Brasil está se preparando para as Olimpíadas. Após um ano completo do ciclo olímpico para os Jogos de Los Angeles 2028, alguns nomes parecem se consolidar como destaques em suas provas, além, é claro, da possibilidade de surgimento de novos talentos.
Para Los Angeles-2028, uma das novidades será a antecipação das provas de atletismo para a primeira semana. Tradicionalmente disputadas na parte final dos Jogos, as provas terão um novo posicionamento no cronograma. A alteração exigirá ajustes importantes na preparação das delegações, que terão de antecipar o pico de performance e revisar estratégias de aclimatação e treinamento.
O Time Brasil deverá chegar a este novo ciclo com nomes de peso e resultados expressivos. Alison dos Santos, o “Piu”, segue como um dos principais expoentes do atletismo mundial. Medalhista olímpico em Paris-2024 e prata no Mundial de 2025 em Tóquio, nos 400m com barreiras, o paulista se mantém entre os melhores do mundo.
Outro destaque é Caio Bonfim, referência da marcha atlética. O brasiliense obteve a prata nos 20km em Paris e, em 2025, fez história ao subir duas vezes no pódio no Mundial de Tóquio, com o segundo lugar nos 35km e o tão sonhado título nos 20km. Com quatro conquistas em oito edições, o talento de Sobradinho se tornou o maior medalhista do Brasil em Mundiais.
Entre as mulheres, Valdiléia Martins, do salto em altura, desponta como uma das atletas mais regulares do circuito nacional, sendo eleita pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) uma das melhores do ano, em 2024.
Medalhista de ouro no salto em distância nos Jogos de Pequim 2008 e primeira mulher brasileira campeã olímpica em prova individual, Maurren Maggi é uma das vozes mais respeitadas do esporte. Embaixadora da Recoma, empresa referência em infraestrutura esportiva, a campeã crê que o momento é de reforçar a estrutura e investir em novos talentos.
“O Brasil precisa apostar com consistência nos jovens e garantir que eles tenham acesso à estrutura e à orientação adequadas. O resultado de uma medalha olímpica começa anos antes, na base, com planejamento e paciência”, explica Maurren.
Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro olímpica em provas individuais, Maurren destaca que o atletismo brasileiro vive uma geração promissora, mas que “a continuidade do trabalho será fundamental para transformar potencial em medalhas”.
No início deste mês, o atletismo brasileiro esteve no Campeonato Pan-Americano Sub-20, na pista do El Salitre, em Bogotá, Colômbia, e faturou 11 medalhas (seis de ouro e cinco de prata). Com uma equipe de 13 atletas, o Time Brasil teve um excelente aproveitamento na competição, realizada entre os dias 3 e 5.
De quebra, viu Alessandro Soares Borges, de 18 anos, vencer o arremesso do peso com 19,74 m, índice que o garantiu para o Campeonato Mundial Sub-20 de 2026 (a marca de qualificação fixada pela World Athletics é 18,30 m - o peso da categoria é de 6 kg). Além dele, Rafael Modesto, com a medalha de prata e a marca de 18,72 m, também fez índice para o Mundial de 2026, nos Estados Unidos.
Principal empresa produtora de pistas e instalações de atletismo na América Latina, a Recoma tem papel decisivo no crescimento da modalidade no país. A empresa possui certificação da World Athletics (antiga IAAF) em seus pisos e defende que o investimento em infraestrutura é parte essencial da evolução técnica dos atletas.
“Queremos oferecer experiências de excelência e, ao mesmo tempo, destacar a importância de instalações esportivas de alto nível. Sem infraestrutura adequada, o desenvolvimento pleno do atleta fica comprometido”, avalia Sergio Schildt, presidente da empresa.
Paralímpico
No atletismo paralímpico, o Brasil também viveu recentemente o melhor momento da história ao terminar o Mundial de 2025, em Nova Déli, na Índia, na primeira posição do quadro geral. O país reafirmou a força e a consistência do trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e foi ao pódio 44 vezes, com 15 ouros, 20 pratas e nove bronzes.
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