Carlos Alberto Parreira, Dunga, Luiz Felipe Scolari e Tite deixaram os brasileiros mal-acostumados. De 2006 a 2022, a torcida sabia na ponta da língua a escalação para a estreia na Copa do Mundo em busca do hexa. A 245 dias do início do Mundial no Canadá, nos Estados Unidos e no México, a formação é uma incógnita no ciclo mais tumultuado em 111 anos de história da Seleção Brasileira.
Nesta sexta-feira, o Brasil completará 30 jogos depois da eliminação contra a Croácia nas quartas de final da Copa de 2022. Quatro técnicos comandaram a Seleção: Ramon Menezes, Fernando Diniz, Dorival Júnior e o atual, Carlo Ancelotti. Nesse período, a Seleção repetiu a formação inicial apenas duas vezes. Uma com Diniz nas vitórias contra a Bolívia e o Peru no início das Eliminatórias; e outra sob a batuta de Dorival Júnior na estreia do técnico: o triunfo contra a Inglaterra por 1 x 0, em Londres, e o empate com a Espanha por 3 x 3, em Madri.
As duas repetições serviram para indicar um caminho a Carlo Ancelotti. Dos 26 convocados para os amistosos na Ásia, o primeiro deles amanhã contra a Coreia do Sul, às 8h (de Brasília), em Seul, 11 participaram de pelo menos um daqueles raros combos de escalação: Gabriel Magalhães, Casemiro, Bruno Guimarães, Raphinha, Richarlison, Rodrygo, Bento, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo, João Gomes, Lucas Paquetá e Vinicius Junior.
Carlo Ancelotti poderia ter repetido os 11 depois da estreia contra o Equador, em Guayaquil, mas preferiu mudar a formação na Neo Química Arena, contra o Paraguai. Gerson e Richarlison saíram do time para as entradas de Gabriel Martinelli e Matheus Cunha.
Houve mudanças por opções táticas e técnicas, mas também por contusões, cortes e a insegurança de Diniz e Dorival. O entra e sai impediu a construção de um time perene. A formação não se repetiu nem mesmo na curta Copa América de 2024, nos Estados Unidos.
O italiano se acostumou com os problemas. Ele tratou de avisar nas convocações para os duelos com o Japão e a Coreia do Sul. "Essa não é uma lista definitiva. Leva em conta também as lesões que tivemos nos últimos dias", justificou. O resultado prático das inúmeras trocas são 50 jogadores estreantes no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Antes do embarque rumo à Ásia, Carlo Ancelotti perdeu os dois laterais-direito convocados. Os contundidos Vanderson (Monaco) e Wesley (Roma) foram trocados na última hora por Vitinho (Botafogo) e Paulo Henrique (Vasco).
Três nomes certos entre os titulares na Copa de 2026 estão fora justamente por causa de lesão: o goleiro Alisson, titular nas últimas duas edições, o capitão Marquinhos e o atacante Raphinha.
A quinta formação diferente do técnico Carlo Ancelotti deve ser a seguinte na partida de amanhã contra a Coreia do Sul: Bento, Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Lucas Paquetá; Estêvão, Matheus Cunha, Vinicius Júnior e Rodrygo.
Favoritas
O perrengue do Brasil para repetir a escalação e torná-la popular na boca dos torcedores não é exclusividade da Carlo Ancelotti. Os técnicos das duas melhores seleções do mundo repetem pouquíssimo as escalações. No caso específico da Argentina e da Espanha, por opção de Lionel Scaloni e de Luis de la Fuente, respectivamente.
Atual campeão do mundo e bi da Copa América, a Argentina só repetiu a formação inicial três vezes em sete anos de gestão de Scaloni. A primeira nas semifinais e na decisão do terceiro lugar na Copa América de 2019, contra o anfitrião Brasil e depois diante do Chile. A segunda, na conquista da Copa de 2022 contra a França seguida pelo amistoso festivo para comemorar o tri contra o Panamá. Há dois anos, a formação da decisão da Copa América contra a Colômbia foi a mesma da semi contra o Canadá.
Campeão da Eurocopa em 2024, a favorita Espanha também é mutante. Assim como Scaloni, Luis de la Fuente gosta de olhar para o adversário antes de montar a prancheta. La Roja só teve a mesma formação na campanha do título continental nos duelos contra a Geórgia nas oitavas e a Alemanha nas quartas na campanha do tetra continental. No mês passado, ele copiou-colou a formação usada contra a Bulgária no duelo com a Turquia nas Eliminatórias.
Ctrl C + Ctrl V
Quando o Brasil Copiou-Colou a escalação em dois jogos seguidos
Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar;
Raphinha, Richarlison e Rodrygo
Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar;
Raphinha, Richarlison e Rodrygo
Saiba Mais
-
Esportes Abel Ferreira, do Palmeiras, ativa perfil no LinkedIn e marca novo capítulo na carreira
-
Esportes Remo x Athletico-PR, AO VIVO, com a Voz do Esporte, às 20h05
-
Esportes De reserva no Vasco à Seleção: a trajetória de Paulo Henrique até a convocação
-
Esportes Everton Ribeiro tranquiliza fãs após cirurgia bem-sucedida para tratar câncer na tireoide
-
Esportes Santos abre preparação para clássico com departamento médico quase vazio
-
Esportes Corinthians se reapresenta com quatro jogadores iniciando a transição
