Rio de Janeiro

Justiça absolve réus pelo incêndio no Ninho do Urubu do Flamengo

Dez adolescente morreram após fogo tomar conta de alojamento no centro de treinamento do Flamengo, em 2019

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu nesta terça-feira (22/10) todos os acusados pelo incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em 2019. Dez adolescentes que dormiam em contêiner morreram e outros três ficaram gravemente feridos.

A decisão foi da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital e assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros. Réus respondiam por incêndio culposo qualificado com resultado na morte de 10 pessoas e lesão corporal grave em três vítimas. Outros quatro réus já haviam sido absolvidos anteriormente. 

O juiz fundamentou a decisão na “ausência de demonstração de culpa penalmente relevante e na impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição". Os absolvidos são Antonio Marcilo Garotti e Marcelo Maia, que ocupavam cargos na administração no Centro de Treinamento; Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, responsáveis pelos contêineres onde as vítimas estavam dormindo; e Edson Colman da Silva, responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. 

Relembre o caso

Na noite de 8 de fevereiro de 2019, um incêndio atingiu o alojamento de atletas da base do Flamengo. Os jovens dormiam provisoriamente em um contêiner. A suspeita é que o fogo tenha começado após uma falha no ar-condicionado, que ficava ligado durante 24h no local, e se alastrou rapidamente devido ao material dos contêineres. 

As vítimas tinham entre 14 e 16 anos. De acordo com a prefeitura do Rio, o Ninho do Urubu não tinha alvará de funcionamento na época do incêndio.

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