
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) tenta esclarecer a motivação da morte do sargento da PM Eduardo Filipe Santiago, de 42 anos, assassinato a tiros pelo amigo e compadre William Amaral da Conceição, de 36. O crime ocorreu na madrugada de domingo (19/10), em Vila Valqueire, Zona Sudoeste do Rio. Ambos estava de folga e dentro do mesmo carro quando começaram a discutir. William foi preso em flagrante.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
A audiência de custódia manteve a prisão de Amaral, que vai responder por homicídio. Até o momento, não há explicação clara para o que motivou a briga entre os dois policiais militares, que eram padrinhos de batismo dos filhos um do outro e tinham uma amizade de longa data.
O crime
De acordo com as investigações, os sargentos passaram o sábado juntos. Foram a um barbeiro e, mais tarde, consumiram bebida alcoólica em um bar da região. Uma hora antes do crime, Santiago chegou a compartilhar um vídeo em um grupo de amigos em que aparece rindo com Amaral, dentro do carro.
A discussão começou quando os dois ainda estavam dentro do veículo, um Fiat Idea, estacionado em frente ao número 525 da Avenida Jambeiro. Câmeras de segurança do local registraram o momento em que os policiais descem do carro e começam a trocar tiros.
Nas imagens, o veículo aparece parado no meio das faixas à direita. Santiago, que estaria ao volante, desce pelo lado do carona, tentando conversar com William. "Amaral! Amaral! Tá maluco? Sou eu, Santiago, mano!", grita. O amigo, que sai do Idea tropeçando com a pistola na mão, responde: "Eu vou te matar!"
Veja o vídeo:
Mesmo após o apelo, Amaral continua atirando. Santiago, desarmado no início, tenta se proteger atrás da porta do carro e tira uma arma da cintura para revidar, mas é atingido com pelo menos oito disparos. Ele cai no chão desmaiado e morre ainda no local.
William acabou preso em flagrante, enquanto estava sentado no meio-fio com a arma do crime. Devido aos ferimentos do tiro de raspão, ele foi levado ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e depois transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio, de onde já recebeu alta.
À polícia, ele alegou que não se lembrava do momento dos disparos e chegou a afirmar, inicialmente, que os dois haviam sofrido uma tentativa de assalto. Mas, não foi encontrado nenhuma evidência que comprove essa versão.
Eduardo Filipe Santiago Ferreira foi velado na manhã de quarta-feira (21) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Ele deixa dois filhos, de 21 e 15 anos.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) é responsável pela investigação e informa que diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.

Brasil
Brasil
Brasil