RIO GRANDE DO SUL

Organização LGBT entra com ação no STJD contra Abel Braga e Internacional

Arco-Íris LGBTI+ é autora de iniciativa por declaração homofóbica de Abel Braga na coletiva de apresentação em sua volta ao Colorado

Abel Braga retorna ao Internacional para tentar ajudar na missão de escapar do rebaixamento -  (crédito: Foto: Ricardo Duarte/Internacional)
Abel Braga retorna ao Internacional para tentar ajudar na missão de escapar do rebaixamento - (crédito: Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

A declaração homofóbica de Abel Braga em sua coletiva de apresentação, no último domingo (30/11), em seu retorno ao Internacional, pode não passar impune. Isso porque o grupo Arco-Íris LGBTI+ entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJD) em que o Colorado e o experiente profissional são alvos. O processo também envolve uma afirmação de caráter preconceituoso contra mulheres, e que teve Ramón Díaz, ex-treinador da equipe, como autor.

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Assim, a solicitação da entidade visa que a Procuradoria do STJD faça denúncias contra o Inter, além dos treinadores Abel Braga e Ramón Díaz. O pedido também exige práticas que envolvam reparação inspiradas em iniciativas afirmativas. Alguns exemplos são a presença e colaboração em cursos e seminários, além de planejamentos que focam na precaução deste tipo de ocorrência. Outra possibilidade é o desenvolvimento de campanhas públicas para educar a população. 

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Entidade se baseia em regulamento do CBJD para pedir punição ao Internacional

O grupo Arco-Íris argumenta que as duas ocorrências consecutivas em que Abel Braga e Ramón Díaz foram protagonistas comprovam um "padrão preocupante". Além disso, caracteriza-se como "clara violação das normas desportivas". Ao solicitar a punição, a entidade se baseia no regulamento do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No documento, estipula-se uma punição de até dez partidas e pagamento de uma multa de R$ 100 mil.

O texto também cita eventuais sanções ao clube, caso um número relevante de pessoas ligadas à agremiação ou seus torcedores tenha sido autora da transgressão. A entidade também utiliza como referência uma decião anterior do STJD, que aplicou uma sanção no atacante Dudu, atualmente no Atlético. Na oportunidade, o jogador praticou misoginia contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Vale destacar que Abel Braga tentou amenizar a polêmica com um pedido de desculpas pelas suas redes sociais após repercussão negativa de sua declaração.

 

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RJ
postado em 02/12/2025 16:46
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