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Os elos entre 2019 e 2025 na conquista do Flamengo no Brasileirão

Arrascaeta, Bruno Henrique, Filipe Luís e Rodrigo Caio, os remanescentes da dobradinha com Jorge Jesus

Do elenco de 2019, apenas Filipe Luís, Rodrigo Caio, Bruno Henrique e Arrascaeta ainda são vinculados ao Flamengo -  (crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)
Do elenco de 2019, apenas Filipe Luís, Rodrigo Caio, Bruno Henrique e Arrascaeta ainda são vinculados ao Flamengo - (crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)

Quatro dias após celebrar o tetracampeonato da Libertadores, o Flamengo comemora a conquista do nono título da Série A do Campeonato, repete a temporada de 2019 com Jorge Jesus e o Botafogo de Artur Jorge na temporada passada. É uma campanha com a participação de diversos personagens, mas há destaque para quatro remanescentes do ano mágico com o Mister JJ.

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Em campo, Giorgian De Arrascaeta e Bruno Henrique foram decisivos. Participaram de 50 dos 75 gols do Flamengo em 37 rodadas. O maestro uruguaio se reinventou em 2025 e, além de arco, passou a ser flecha. Foi titular em 30 dos 37 jogos da equipe no Brasileirão e vive a temporada mais artilheira da carreira, com 23 bolas na rede, 18 na Série A. O camisa 10 rubro-negro é o segundo maior goleador da principal competição do país, três atrás do centroavante cruzeirense Kaio Jorge.

Bruno Henrique não teve o mesmo protagonismo de Arrascaeta, mas jamais pode ser descartado. Envolveu-se em polêmica extracampo e escapou de suspensão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após ser denunciado por dar informação privilegiada ao irmão, de que tomaria cartão amarelo em 2023. Porém, iniciou uma espécie de redenção em novembro, ao fechar com a média de quase um gol por partida: seis em sete jogos. A maioria decisiva. Evitou a derrota na semana passada em Belo Horizonte contra o Atlético-MG. Marcou dois dos três contra o Sport no Rio. O camisa 27 ostenta oito bolas na rede nesta edição da Série A.

Os outros dois remanescentes atuam nos bastidores. O treinador Filipe Luís teve um déjà vu da temporada 2019 como lateral-esquerdo. Mas há uma diferença: na conquista daquela edição, o clube precisou sequer entrar em campo para liquidar a competição. Em 2020, o oitavo caneco nacional foi erguido no Morumbi, contra o São Paulo. Ontem, o flamenguista de coração, nascido em Jaraguá do Sul (SC), comemorou a primeira conquista de alto quilate diante da torcida.

Foi uma campanha que coroou as convicções do treinador que está há pouco mais de um ano no futebol profissional. Filipe Luís só não utilizou o esquema 4-2-3-1 em duas oportunidades na competição após 37 rodadas. Teve de adaptar a estratégia ao 4-3-3 na virada contra o Corinthians, em São Paulo, após o desgaste da decisão por pênaltis nas quartas de final da Libertadores contra o Estudiantes, e no empate sem gols contra o Botafogo, com o sistema 4-4-2.

Filipe Luís está em evidência. A diretoria corre para renovar o contrato com validade até o fim deste ano. Por ora, a ida à Europa está descartada, devido à falta de experiência para obter licença válida para exercer a profissão no Velho Continente. Mas isso não impede um plano do Atlético de Madrid. O clube pelo qual disputou 333 partidas avalia contratá-lo no futuro e prepará-lo para suceder o argentino Diego Simeone, cujo vínculo vale até junho de 2027.

A comissão de frente do Flamengo se destacou nesta edição do Brasileirão, com 75 gols marcados. É a segunda maior marca de um time campeão no formato de pontos corridos com 20 equipes. Entretanto, a defesa ganhou jogos. Xerife da zaga em 2019, Rodrigo Caio é influenciador do sistema defensivo rubro-negro. O time pode fechar a Série A com a retaguarda menos vazada do que cinco anos atrás. Naquela campanha, sofreu 37 contra 24 desta participação.

Uma das principais virtudes da defesa rubro-negra com Rodrigo Caio é a bola parada. O gol de Danilo na final da Libertadores contra o Palmeiras tem o dedo do ex-jogador. Sem contar o Campeonato Carioca, são 19 gols de bola parada, 16 de cabeça e 13 de zagueiros.

Os números são melhores do que os das últimas temporadas. Em 2024, foram 15 de bola parada, 12 de cabeça e 10 de zagueiros. No ano anterior, os mesmos 15 após cobranças, 20 testadas firmes no gol, sendo oito de beques.

"Bola parada é uma das fases do jogo, damos a importância que ela merece porque jogos bloqueados muitas vezes são desbloqueados na bola parada. E acreditamos que a chegada do Rodrigo Caio, com toda a comissão, tenha influenciado muito nessa potência", analisou Filipe Luís.

 


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postado em 04/12/2025 05:49
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