
A final entre Corinthians e Vasco, com partidas nesta quarta-feira (17/12), às 21h30, e no domingo (21/12), marca o fim das decisões da Copa do Brasil em ida e volta. A partir da próxima temporada, o segundo torneio mais relevante do país conhecerá o campeão após duelo único, em campo neutro. Porém, enquanto o regulamento não muda, paulistas e cariocas devem manter o nível de concentração para a partida desta noite, na Neo Química Arena, antes de pensar na possível festa daqui a quatro dias, no Maracanã. O histórico recente da competição atesta a importância dos confrontos de abertura da fase mais aguda.
Três das últimas quatro finais de Copa do Brasil foram decididas devido ao resultado do primeiro jogo. No ano passado, o Flamengo não deu chances ao Atlético-MG no Maracanã e levou a vantagem do 3 x 1 para Belo Horizonte. O Galo do então técnico Diego Milito não teve fôlego, perdeu novamente, por 1 x 0, e amargou o primeiro dos dois vices na temporada — vinte dias depois, caiu na decisão da Libertadores para o Botafogo. Na temporada anterior, o gol de cabeça de Jonathan Calleri e a vitória por 1 x 0 do São Paulo no Maracanã valeram demais devido ao 1 x 1 na volta no Morumbi.
Em 2021, o Atlético-MG aplicou 4 x 0 sobre o Athletico-PR na Arena da Baixada e retornou tranquilo ao Mineirão para vencer por 2 x 1 e combinar os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Os técnicos Dorival Júnior e Fernando Diniz estão cientes disso. Dorival era a mente por trás do troféu inédito do São Paulo em 2023 e comemorou a passagem para a quarta final do torneio graças à decisão por pênaltis, forçada pelo gol marcado na ida contra o Cruzeiro em BH. Diniz viverá a primeira decisão de mata-mata nacional na função.
O duelo de ida desta noite tende a ser um desafio muito maior para o Vasco do que para o Corinthians. De volta à final da Copa do Brasil após 14 anos, o cruzmaltino jamais venceu na Neo Química Arena. Em oito partidas na casa alvinegra, inaugurada em 2013, são oito jogos e sete triunfos dos anfitriões. Nesse recorte, os paulistas marcaram 14 gols e sofreram dois. O encontro pelo Brasileirão 2025 em Itaquera terminou 3 x 0 para os alvinegros. Mas muita coisa mudou de lá para cá. Os treinadores, por exemplo, ainda eram Ramon Díaz e Fábio Carille.
Para quebrar a sina, o Vasco aposta no jovem Rayan. Autor de cinco gols nesta Copa do Brasil, o atacante de 19 anos está a uma bola na rede de se isolar na artilharia e se tornar o mais jovem artilheiro desde Gabriela Barbosa em 2014, aos 18. A outra vez em que um jogador sub-20 arrematou o posto de boleiro mais letal do torneio foi Neymar, campeão e principal goleador da competição, com 11 anotados.
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O duelo é especial para Philippe Coutinho. Campeão de Copa América com a Seleção, de Champions League com o Bayern de Munique, do Campeonato Espanhol com o Barcelona e da Série A da Itália com a Internazionale, jamais disputou uma final desse quilate pelo clube. O maior título do maestro pelo Vasco é a Série B de 2009.
Campeão da Copa do Brasil de 2022 pelo Flamengo justamente contra o Corinthians, o lateral Matheuzinho foi um dos destaques contra o Cruzeiro e carrega excelente retrospecto contra o Vasco. De 2020 a 2025, enfrentou o cruzmaltino 15 vezes. Venceu 11, empatou uma e perdeu três partidas.
"A ansiedade bate muito forte, ainda mais nessa parte final. É onde a gente procura não errar, porque são jogos que o erro é no limite. É jogo grande, decidido no detalhe, a concentração precisa estar no máximo", analisou o lateral-direito durante a entrevista coletiva de ontem.
O Corinthians não tem lesionados, mas monitora oito pendurados para a volta no Maracanã: Hugo Souza, Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique, Maycon, Breno Bidon e Rodrigo Garro, além do reserva Fabrizio Angileri. No Vasco, Vegetti é o único ameaçado.
Ficha técnica
Corinthians x Vasco
Final da Copa do Brasil (jogo de ida)
Estádio: Neo Química Arena, São Paulo
Transmissão: Globo, SporTV, Premiere e Prime Video
Arbitragem: Rafael Rodrigo Klein (RS)
Prováveis escalações
Corinthians — Hugo Souza, Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; Maycon, José Martínez (Raniele), Breno Bidon e Rodrigo Garro (Carrillo); Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Dorival Júnior
Vasco — Léo Jardim; Paulo Henrique, Cuesta, Robert Renan e Puma Rodríguez; Barros, Thiago Mendes, Coutinho e Nuno Moreira; Andrés Gómez e Rayan. Técnico: Fernando Diniz

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