Se você acha que o apito final para o futebol no país foi dado na final da Copa do Brasil entre Vasco e Corinthians no Maracanã, em 21 de dezembro, o Campeonato Tocantinense está aí para provar o contrário. Nesta quarta-feira (24/12), a véspera de Natal de Tocantinópolis e Gurupi é diferente. A dupla protagoniza o jogo de volta da semi do último dos 27 estaduais da temporada e sonha em ganhar de presente a vaga na decisão contra o Araguaína.
O primeiro campeão estadual em 2025 foi o CRB, em 15 de março, consagrado no Alagoano. No Distrito Federal, o Gama ergueu o 14º troféu duas semanas depois. O último será Tocantinópolis, Gurupi ou Araguaína em 30 de dezembro. Isso mesmo, o duelo de volta do Campeonato Tocantinense está marcado para os 45 minutos do segundo tempo da temporada. Então, antes que o ano acabe, haverá uma definição.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estipula prazo para o fim dos estaduais. O Tocantinense, por exemplo, começou em fevereiro. Tudo correu bem até a final em 5 de abril, entre União e Araguaína. O União faturou o terceiro título e o bicampeonato consecutivo. Entretanto, cinco meses depois, o torneio foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), devido à irregularidade na escalação do União em partida da primeira fase.
O zagueiro Sheik, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, entrou em campo normalmente. A justificativa foi uma confusão do árbitro Fernando Henrique Alcântara na súmula. O dono do apito informou a punição no campo de advertências do documento, quando deveria ter assinalado na aba de penalidades. O caso foi julgado duas vezes pelo STJD.
Na primeira decisão, a Corte havia determinado rebaixamento do União, condicionado pela perda seis pontos. No segundo juízo, a punição foi de três pontos, o que livrou o então campeão da queda, mas o manteve sem o troféu e forçou a realização de uma nova semifinal, entre Tocantinópolis e Gurupi, e manteve Araguaína na decisão. A fase final do torneio seria disputada em janeiro, mas a notificação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) provocou a antecipação.
Não é a primeira vez que o torneio do estado caçula do Brasil — estabelecido pela Constituição Federal em 1988 — invade o período de Natal e Réveillon. Em 2021, devido à pandemia de covid-19, a disputa foi interrompida em abril e retomada em dezembro. O Tocantinópolis foi o campeão daquela edição contra o Araguacema. Segundo maior campeão do estadual, com seis conquistas, o Tocantinópolis está em vantagem contra o Gurupi. Venceu a ida no dia 20 por 2 x 1 e pode empatar. Vitória do Gurupi por um gol de diferença leva a disputa para os pênaltis.
Presidente do Tocantinópolis, o Sargento Leandro Pereira conta que, apesar da reviravolta, o fim de temporada e o planejamento para 2026 não foram prejudicados. “O plano era nos apresentarmos em janeiro, então estávamos com o elenco montado entre setembro e outubro. Foi antecipada a apresentação dos jogadores para concluir a 2025 e iniciar a seguinte. O próximo passo é buscar a final e o título”, explica.
Dono da caneta do Gurupi, Wilson Castilho vê prejuízo em meio às decisões extracampo. O Gurupi herdou a última vaga ao mata-mata, que pertencia ao União. “De repente, a CBF comunicou que tínhamos de encerrar em 2025. Imagine, são quatro jogos em 10 dias. É muito apertado. Veio a determinação, e temos de obedecer. Perdemos o elenco, tivemos de remontar”, expõe o dirigente
O Campeonato Tocantinense 2025 terminará três semanas antes da edição seguinte começar. Em 2026, a bola está prevista para rolar a partir de 17 de janeiro, com Araguaína, Gurupi, Tocantinópolis, Capital, União, Bela Vista e os recém-promovidos Palmas e Guaraí.
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