O professor da UFRJ, Marcos Dantas, publicou uma carta em seu perfil no X, marcando Roberto Justus e pedindo desculpas, após responder com a expressão "só guilhotina" a uma postagem que fazia referência à filha do empresário Roberto Justus. A menina havia sido fotografa com uma bolsa de grife avaliada em cerca de R$ 14 mil.
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Dantas lamentou o mal-entendido e afirmou que não teve a intenção de ameaçar ninguém. Ele explica que se inspirou em episódios históricos como a Revolução Francesa e em referências culturais para construir uma metáfora que, segundo ele, deveria funcionar como um alerta simbólico para a desigualdade social. "Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo!", escreveu.
Ele argumenta que a expressão “só guilhotina” foi usada num contexto de crítica ao acirramento da desigualdade e à insensibilidade social. Além disso, citou a frase atribuída a Maria Antonieta — "Se não tem pão, comam brioches" e o samba "No dia em que o morro descer e não for carnaval, ninguém vai ficar para o juízo final", de Wilson das Neves, como inspiração para o tom do comentário.
“Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas, se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe”, declarou.
Pouco tempo depois da publicação, a conta do professor se tornou privada.
Entenda
A polêmica teve início depois que Ana Paula Siebert, esposa de Justus, compartilhou imagens da filha do casal usando uma minibolsa da marca italiana Fendi, cujo valor estimado gira em torno de R$ 14 mil. Internautas criticaram o suposto excesso e ostentação, em meio a um cenário de desigualdade social no país. Um dos comentários mais controversos veio de Dantas, que associou a cena a momentos históricos de revoltas populares, como a Revolução Russa e a Revolução Francesa, respondendo a um usuário com a frase: “só guilhotina”.
Em nota, Roberto Justus afirmou que as críticas ultrapassaram todos os limites e que sua família tomará providências legais contra os autores das ameaças.
Confira a carta:
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