O primeiro dia de provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o chamado "Enem dos Concursos", reuniu dezenas de candidatos no Centro Universitário de Brasília (CEUB) na Asa Norte, neste domingo (7/10). Enquanto a expectativa tomava conta dos mais de 102 mil inscritos no Distrito Federal, um outro grupo observava o movimento com apreensão e frustração: os comerciantes e vendedores ambulantes que montaram ponto em frente ao local de prova.
Ao Correio, eles relataram que, ao contrário do que ocorre em grandes vestibulares e concursos tradicionais, as vendas ficaram significativamente abaixo do esperado. O motivo, segundo os próprios vendedores, foi o horário de prova — que teve abertura dos portões às 11h30 e começou às 13h.
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Irassi Mendes, 60 anos, vende almoço em em frente ao CEUB, em quase todos os certames que ocorrem no local, e não escondeu a decepção. “Ano passado foi bom, porque foi o dia todo. Lembro que zerei a mercadoria de tanta venda. Este ano não prestou. Ninguém comprou. Avalio que tive cerca de 80% a menos de vendas", relatou, enquanto arrumava as panelas e pratos restantes.
A mesma queixa veio de Ermi Miranda, 62 anos, que vendia canetas, águas e doces variados. Ele, no entanto, encarou a situação com otimismo. "A cada ano que passa, as vendas estão diminuindo. Temos que ir pulando de concurso em concurso. O fato de o concurso não ser o dia todo afetou todos. Perdi entre 30% e 35% de vendas. Mas temos que vir de qualquer jeito. Pra vender tem que estar na rua”.
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