EDUCAÇÃO

Simulação Sigma-Múndi desafia estudantes a resolverem conflitos internacionais

Realizado há 25 anos, o Sigma-Múndi figura entre as principais atividades de simulação diplomática para ensino médio no Distrito Federal

Alice Meira*
postado em 05/09/2025 22:39 / atualizado em 10/09/2025 15:32
Sigma-Múndi: simulação desafia estudantes -  (crédito: Alice Meira/CB/D.A. Press)
Sigma-Múndi: simulação desafia estudantes - (crédito: Alice Meira/CB/D.A. Press)

Por Alice Meira* — Em 2 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início a um dos momentos mais polêmicos de seu atual mandato: o tarifaço — uma série de taxas rigorosas contra mais de 180 países, inclusive o Brasil. O embate, e uma série de outras questões internacionais, estão sendo discutidos por alunos do ensino médio, na 25ª edição do Sigma-Múndi: evento de simulação da Organização das Nações Unidas do Colégio Sigma, que teve início nesta quinta-feira (4/9) e vai até sábado (6/9).

Alunos se reúnem para interpretar diplomatas, políticos, jornalistas e até figuras históricas nas mais diversas situações de conflito entre as nações globais. A prática é uma forma de desenvolver conhecimento para além do modelo tradicional de sala de aula. “Para além dos conteúdos, o Sigma-Múndi trabalha com diferentes soft skills. Acreditamos que o desenvolvimento integral de um estudante passa pela oratória, pela capacidade de resolver problemas, além de se posicionar e defender ideias. A experiência de simulações faz com que esse conhecimento seja adquirido de maneira integral pelos nossos estudantes”, afirma o professor e coordenador Thiago Diana.

Histórico de educação

O Sigma-Múndi ocorre há 25 anos. “É um projeto de organismos internacionais em que buscamos tratar temas contemporâneos ou de cunho histórico, dando base pro aluno que vai fazer vestibular. Temos a possibilidade dos alunos revistarem e aprofundarem o estudo em conteúdos que são cobrados no Enem, PAS e vestibulares”, afirma o professor de Geografia Paulo Macedo, pioneiro no projeto. Ele também comenta como o evento continua vivo e atraindo gerações ao longo do tempo. "Reinventamos o projeto todos os anos, trazendo questões que o aluno se empolgue para discutir. Também vai muito do encanto que o professor faz em sala de aula, para mostrar que ele é capaz de resolver e discutir questões 'de adulto'", comenta.

O evento ocorre anualmente e tem duração de três dias. Com 14 comitês distintos, esse ano os alunos puderam escolher se querem discutir os eventos da Revolução Francesa, regulamentar as BETS ou até fazer a cobertura jornalística do evento por meio da Imprensa: nas redes sociais (@sigma_mundi), no jornal impresso do evento ou até pela TV, já que é produzido um telejornal com três edições, uma para cada dia do evento.

O estudante Pedro Tomazzetti, do 3° ano do ensino médio celebra a diversidade de comitês. “Se ele estiver em dúvida em duas áreas, como direito e jornalismo, por exemplo, ele pode testar e na prática ver o que realmente quer”.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação