Com intuito de reunir dados educacionais do Brasil, o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2025, divulgado nesta quinta-feira (25/9), aponta as desigualdades nas escolas públicas em diferentes regiões. O documento aponta que apesar dos avanços ao longo dos anos, o país ainda enfrenta desafios na oferta de infraestrutura básica, como acesso à água potável, energia elétrica, banheiros e cozinha.
Elaborado pelo Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna, o anuário analisa temas como aprendizagem, infraestrutura, professores, tecnologia, financiamento e equidade étnico-racial. O programa identificou que menos da metade das escolas públicas contam com tratamento de esgoto e mais de 20% não têm serviço de coleta de lixo.
Entre as disparidades regionais relacionadas à oferta de infraestrutura básica, é destacado a falta de água potável — que afeta três em cada dez escolas públicas no Acre e Roraima — ausência de energia elétrica, que prejudica aproximadamente um terço das unidades do Acre e Amazonas; e falta de banheiro, que atinge mais de 25% das escolas públicas em Roraima.
Segundo o diretor de políticas públicas da Fundação Santillana no Brasil, André Lázaro, o anuário é um instrumento de cidadania. “Ele nos ajuda a compreender quais são os avanços e desafios da principal alavanca de transformação do país que é a educação”, afirmou. Segundo Lázaro, apesar dos desafios logísticos que o país enfrenta — como o transporte escolar na Amazônia — a sociedade brasileira deve ser parabenizada pelo esforço coletivo, destacando a importância dos professores.
A publicação também aponta questões como a climatização nas salas de aula, uso da tecnologia e acesso aos anos iniciais do ensino fundamental. O anuário identificou que apenas 38,7% das salas de aula em escolas públicas brasileiras contam com algum tipo de climatização, como ar-condicionado, aquecedor, ventilador ou climatizador. Mas os números variam em relação as localidades: no Sudeste, apenas 21,5% das aulas contam com climatização, enquanto no Centro-Oeste o resultado aponta 64,2%
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
Educação básica
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