FORTALEZA

Brasil reforça papel global na garantia da alimentação escolar

Fernanda Pacobahyba afirmou que o Brasil é referência nacional e citou a importância da cooperação internacional

Aline Gouveia
postado em 19/09/2025 12:29 / atualizado em 22/09/2025 07:08
Ao Correio, Fernanda citou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) começou como uma medida assistencial, mas hoje é uma política educacional -  (crédito: Angelo Miguel/MEC)
Ao Correio, Fernanda citou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) começou como uma medida assistencial, mas hoje é uma política educacional - (crédito: Angelo Miguel/MEC)

Fortaleza (CE)  — Fernanda Pacobahyba, presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, destacou, nesta sexta-feira (19/9), o papel do Brasil na garantia de alimentação escolar às crianças e adolescentes. Ao Correio, Fernanda citou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) começou como uma medida assistencial, mas hoje é uma política educacional. O Pnae completou 70 anos em 2025 e é referência mundial. A presidente do FNDE também pediu uma "sinergia" entre os países para que seja possível alcançar a meta de que todas as crianças tenham acesso à alimentação escolar saudável até 2030.

"Muitas crianças vão para a escola por conta da alimentação. Isso ainda é uma realidade, especialmente nas regiões mais pobres do Brasil, e não pode passar esquecido pelos brasileiros. A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza (lançada em novembro do ano passado durante a abertura da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro) é um um grande viés de visibilidade. Os governos locais precisam se apropriar disso", disse Fernanda. A presidente participa da 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, que ocorre em Fortaleza nesta sexta.

A Coalizão para a Alimentação Escolar é uma rede colaborativa que inclui 108 governos-membros, 144 organizações parceiras e seis órgãos regionais unidos para garantir que todas as crianças tenham acesso a refeições saudáveis e nutritivas na escola até 2030. Autoridades brasileiras e delegações de 80 países trocaram experiências e firmaram acordos e compromissos para alcançar essa meta global.

"Nós tivemos já um avanço gigantesco no continente africano. Quase 80 milhões de crianças que não tinham acesso à alimentação escolar por conta dos movimentos da coalizão passaram a ter", pontuou Fernanda Pacobahyba. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação é uma entidade vinculada ao Ministério da Educação, responsável pela transferência dos recursos do Pnae.

Sobre a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar

Nesta quinta (18/9) e 6 sexta-feira (19/9), Fortaleza recebe a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar. O evento reúne ministros, autoridades governamentais e parceiros de mais de 80 países para debater avanços, trocar experiências e firmar compromissos em torno da oferta de refeições saudáveis e nutritivas para estudantes em todo o mundo.

O evento é realizado pelo governo federal, por meio do Ministério da Educação, em parceria com o Secretariado da Coalizão para a Alimentação Escolar, sediado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil é referência mundial com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Essa política garante refeições diárias a quase 40 milhões de estudantes em 150 mil escolas, somando 50 milhões de refeições por dia, um investimento anual de R$ 5,5 bilhões.

O governo federal destaca que o Pnae contribuiu para a saída do Brasil do Mapa da Fome, aliado a outras políticas públicas de combate à insegurança alimentar e promoção da cidadania. Além disso, o Brasil se destaca pela experiência em cooperação técnica internacional. O país já apoiou mais de 80 países, ao longo das últimas décadas, no fortalecimento de programas de alimentação escolar. O Brasil é copresidente da Coalizão, ao lado da França e da Finlândia.

* Jornalista viaja a convite do Ministério da Educação

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