EDUCAÇÃO

UnB sobre greve: "Semestre letivo não foi suspenso"

A UnB destacou que respeita e valoriza seus professores, servidores técnicos e trabalhadores terceirizados

Aline Gouveia
postado em 15/04/2024 13:58
Os professores das universidades e institutos federais pedem o reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%

 -  (crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Os professores das universidades e institutos federais pedem o reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% - (crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Após o início da greve geral de servidores da educação, a Universidade de Brasília (UnB) informou que acompanha de perto as reivindicações junto ao governo federal. Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde a última quinta-feira (11/4) e os docentes começaram nesta segunda-feira (15/4). A instituição garantiu, também, que o semestre não foi suspenso ou cancelado.

"O semestre letivo não foi suspenso e nem cancelado. Após o término da greve e se for necessário, eventual alteração do calendário acadêmico será objeto de deliberação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), nos termos do Regimento Geral da UnB", diz a universidade em nota assinada pela reitora Márcia Abrahão e pelo vice-reitor Enrique Huelva.

Além disso, a UnB também destacou que respeita e valoriza seus professores, servidores técnicos e trabalhadores terceirizados, "cuja dedicação, ao lado dos estudantes, é fundamental para que a instituição mantenha a sua excelência no ensino, na pesquisa, na extensão e na gestão, pautados pelo compromisso social".

A Administração da UnB tem mantido reuniões semanais com o comando de greve dos servidores técnicos para acompanhar os desdobramentos e definir, em consenso, os serviços essenciais.  Entre esses serviços, foram definidos como essenciais:

  • Funcionamento da comissão do PGD; pagamentos (incluindo folha de pagamento, bolsas, benefícios e auxílios, e repasses às empresas prestadoras de serviços, dentre outros inadiáveis);
  • Segurança patrimonial;
  • Laboratórios de pesquisa que tratem de alimentação e o bem-estar de animais, plantas e culturas, e manutenção de criogenia;
  • Arrecadação de receita da Universidade;
  • Continuidade dos programas de assistência estudantil e demais processos seletivos iniciados antes do início da greve, incluindo a conclusão do registro de novos(as) alunos(as) de pós-graduação;
  • Atendimentos psicológicos críticos em acompanhamento no CAEP e DASU;
  • Manutenção elétrica, hidráulica e estrutural de caráter emergencial; e suporte aos discentes PcD.

Segundo a UnB, a reunião com o comando de greve dos docentes deverá ocorrer nesta semana. "Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo e a democracia, buscando sempre o interesse coletivo e o fortalecimento de nossa instituição", disse a instituição.

Os professores das universidades e institutos federais pedem o reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%.

Veja a nota da UnB na íntegra:

À Comunidade Acadêmica,

Em continuidade ao compromisso da Administração Superior da UnB com a transparência, a democracia e o diálogo, informamos que estamos acompanhando de perto as justas reivindicações dos servidores técnico-administrativos em educação e dos docentes junto ao governo federal.

A UnB respeita e valoriza seus professores, servidores técnicos e trabalhadores terceirizados, cuja dedicação, ao lado dos estudantes, é fundamental para que a instituição mantenha a sua excelência no ensino, na pesquisa, na extensão e na gestão, pautados pelo compromisso social.

Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde o dia 11 de março, e os docentes começam nesta segunda-feira (15). A greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores, cabendo democraticamente aos sindicatos e a cada servidora e a cada servidor decidir sobre a sua participação.

O semestre letivo não foi suspenso e nem cancelado. Após o término da greve e se for necessário, eventual alteração do calendário acadêmico será objeto de deliberação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), nos termos do Regimento Geral da UnB.

A Administração da UnB tem mantido reuniões semanais com o comando de greve dos servidores técnicos para acompanhar os desdobramentos e definir, em consenso, os serviços essenciais. Entre esses serviços, foram definidos como essenciais: funcionamento da comissão do PGD; pagamentos (incluindo folha de pagamento, bolsas, benefícios e auxílios, e repasses às empresas prestadoras de serviços, dentre outros inadiáveis); segurança patrimonial; laboratórios de pesquisa que tratem de alimentação e o bem-estar de animais, plantas e culturas, e manutenção de criogenia; arrecadação de receita da Universidade; continuidade dos programas de assistência estudantil e demais processos seletivos iniciados antes do início da greve, incluindo a conclusão do registro de novos(as) alunos(as) de pós-graduação; atendimentos psicológicos críticos em acompanhamento no CAEP e DASU; manutenção elétrica, hidráulica e estrutural de caráter emergencial; e suporte aos discentes PcD.

A lista de serviços essenciais acima é exemplificativa, sujeita a revisão periódica.

A reunião com o comando de greve dos docentes deverá acontecer nesta semana.

Em caso de dúvidas sobre a essencialidade de alguma atividade em determinado setor, entre em contato com o comando de greve dos servidores técnicos-administrativos pelo endereço <comissao.etica.clg.sintfub@gmail.com> e/ou ao Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) pelo endereço <dgpdap@unb.br>. Para tirar dúvidas a respeito da greve dos docentes, entre em contato com a Associação dos Decentes da Universidade de Brasília pelo e-mail: adunbss@adunb.org.br.

Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo e a democracia, buscando sempre o interesse coletivo e o fortalecimento de nossa instituição.

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