FRANÇA

Abandonada pela mãe, criança mora sozinha em apartamento por dois anos

A mãe teria se mudado para morar com o namorado a 5 km de distância do filho, de 9 anos. Morando sozinho, o menino passou períodos sem água quente, calefação ou eletricidade

Caso aconteceu no vilarejo francês de Nersac. -  (crédito: Google Street View)
Caso aconteceu no vilarejo francês de Nersac. - (crédito: Google Street View)
postado em 24/01/2024 10:39

Uma criança de nove anos morou sozinha em um apartamento entre 2020 e 2022 em Nersac, um vilarejo perto de Angoulême, na França. O menino foi abandonado pela mãe, que se mudou para viver com o namorado a cerca de cinco quilômetros dali, diz a mídia francesa.

A mulher tem 39 anos e não foi identificada. Ela foi condenada a seis meses de prisão por abandonar um menor de idade e colocá-lo em situação perigosa. O pai do menino, que mora em outra cidade, não foi indiciado.

Apesar de estar sozinho, e, em certos períodos, não ter água quente, calefação ou eletricidade, o menino ia para a escola todos os dias e fazia os deveres de casa.

Durante o tempo que morou sozinho, tomava banho frio e se enrolava em sacos de dormir e cobertores para aguentar o inverno rigoroso da França. Além disso, roubava tomates de uma venda local e vasculhava pertences dos vizinhos atrás de comida.

Após expressar preocupação à mãe da criança, a vizinhança recebeu como resposta que ela estava cuidando do filho e que os vizinhos deveriam cuidar de suas vidas, diz o jornal The Times. Assim, não restou alternativa a não ser levar o caso à polícia.

A comunidade disse à mídia francesa que não percebeu antes a situação pois o menino ia à escola todos os dias, estava sempre limpo e fazia os deveres de casa.

A prefeita da cidade, Barbara Couturier, alegou que ninguém conseguiria detectar o que acontecia, uma vez que a criança aparentava estar bem. "Eu acho que foi um tipo de proteção que ele colocou em torno de si mesmo, como se dissesse que tudo ia ficar bem", disse ao jornal France Bleu.

No julgamento, a mãe alegou que morava com o filho, mas foi desmentida pela polícia, que mostrou dados telefônicos que comprovavam que ela mal ia ao apartamento em que a criança vivia. 

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