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Resolução da ONU prevê cessar-fogo em Gaza durante o mês do Ramadã

A proposta foi feita por 10 integrantes não permanente do conselho

Israel não é obrigada a seguir a decisão da ONU -  (crédito: ReproduÃ?§Ã?£o/ONU Web TV)
Israel não é obrigada a seguir a decisão da ONU - (crédito: ReproduÃ?§Ã?£o/ONU Web TV)
postado em 25/03/2024 14:05

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta segunda-feira (25/3), uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

A proposta foi apresentada pelos atuais 10 integrantes não permanentes do conselho (Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça). Recebeu 14 votos a favor, nenhum contrário e uma abstenção dos EUA.

O texto determina um cessar-fogo durante o mês do Ramadã, o período sagrado para os muçulmanos — que começou dia 10 e termina em 9 de abril—, mas pede que a trégua aumente até virar permanente.

A resolução também pede um cessar-fogo humanitário imediato que leve a uma interrupção “permanente e sustentável” do conflito. Também pede a libertação “imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e a “garantia de acesso” à ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

A adoção das resoluções do Conselho de Segurança da ONU por Israel não é obrigatória, mas, após a votação, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.

O exército de Israel informou pouco antes do início da reunião do Conselho que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, cancelaria o envio de uma delegação a Washington se os EUA não vetassem a resolução.

Os EUA vetaram três projetos de resolução do Conselho sobre a guerra em Gaza. Além disso, se abstevce em duas discussões, o que permitiu ao Conselho adotar resoluções que visavam aumentar a ajuda a Gaza.

Na semana passada, uma resolução dos EUA pedindo a pausa nos bombardeios foi vetada pela China e pela Rússia, que estão entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e, por isso, têm poder de veto.

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