A agência de energia atômica do Irã condenou os ataques "bárbaros" dos Estados Unidos às suas instalações nucleares no domingo (22, sábado no Brasil) e afirmou que não interromperá suas atividades de energia nuclear.
"A Organização de Energia Atômica do Irã assegura à grande nação iraniana que, apesar das conspirações malignas de seus inimigos", o Irã "não permitirá que o caminho do desenvolvimento desta indústria nacional (nuclear), que é o resultado do sangue de mártires nucleares, seja interrompido", afirmou a agência em um comunicado publicado pela mídia estatal.
Neste domingo (22/6), o papa Leão XIV se manifestou sobre o conflito. "A humanidade apela por paz" diante das "notícias alarmantes vindas do Oriente Médio".
"Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de pôr fim à tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável", declarou o papa ao final de sua oração semanal do Angelus, no Vaticano.
O presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, informou, por meio das redes sociais oficiais da Casa Branca, que o país conclui com sucesso ataque a três instalações nucleares no Irã, na noite de sábado (21/6). Imprensa iraniana confirmou que instalações nucleares de Fordow foram 'atacadas por bombardeios inimigos'.
No comunido norte-americano, Trump afirma que um ataque "bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", foi concluído, informando ainda que todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano e que uma carga completa de bombas foi lançada na instalação principal, Fordow.
"Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ!", continuou o presidente norte-americano no comunicado oficial.
TV estatal iraniana é atingida por bombardeio israelense
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Um recorte representando o presidente dos EUA, Donald Trump, é amarrado a uma parede enquanto manifestantes se reúnem em frente ao Consulado dos EUA durante um protesto contra a guerra em curso entre Israel e o Irã e para expressar solidariedade à população da Faixa de Gaza, em Joanesburgo, em 21 de junho de 2025. (Foto de MARCO LONGARI / AFP)
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, é visto em uma tela de TV enquanto discursa durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Irã, na sede da ONU em Nova York, em 20 de junho de 2025. O chefe do órgão de vigilância nuclear da ONU defendeu na sexta-feira uma solução diplomática para pôr fim aos ataques israelenses ao Irã, afirmando que sua agência poderia garantir um monitoramento rigoroso em qualquer acordo que coloque a tecnologia nuclear iraniana sob controle internacional. (Foto de ANGELA WEISS/AFP)
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O representante do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, exibe fotos enquanto discursa durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Irã, na sede da ONU em Nova York, em 20 de junho de 2025. O chefe da agência nuclear da ONU defendeu, em 20 de junho, uma solução diplomática para pôr fim aos ataques israelenses ao Irã, afirmando que sua agência poderia garantir um monitoramento rigoroso em qualquer acordo que coloque a tecnologia nuclear iraniana sob controle internacional. (Foto de ANGELA WEISS / AFP)
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Equipes de emergência israelenses entram em um prédio atingido por um ataque iraniano em Haifa em 20 de junho de 2025, em meio ao fogo cruzado entre Israel e o Irã. (Foto de Fadel SENNA / AFP)
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