
A pena de morte é a punição mais severa adotada pelo Judiciário de diversos países. Após a condenação, é comum que alguns presos passem anos atrás das grades enquanto tentam reverter a decisão judicial.
Por casos emblemáticos e peculiaridades, alguns dos detentos acabaram se tornando conhecidos; confira alguns presos que aguardam o cumprimento da sentença no corredor da morte.
- Truong My Lan: condenada à morte por desviar 6% do PIB do Vietnã
Empresária do ramo imobiliário no Vietnã, Truong My Lan foi condenada à morte em 2024 por envolvimento em um esquema de corrupção que custou US$ 27 bilhões. Apesar de existir uma lei no país em que pessoas só podem adquirir 5% de participação em bancos, a empresária chegou a somar mais 90% de participação do Saigon Commercial Bank (SCB).
Truong My Lan é acusada de mandar o motorista dela retirar e guardar em um porão uma quantia que soma US$ 4 bilhões. Além de crimes de corrupção, ela foi condenada por pagar suborno para autoridades. Neste ano, o Vietnã aboliu a pena de morte para diversos crimes como espionagem, corrupção e conspiração contra o governo. Segundo a mídia estatal, a defesa da condenada trabalha para aproveitar a mudança na lei e substituir a pena de morte por prisão perpétua.
- Richard Glossip: o homem que já comeu a última refeição três vezes
Richard Glossip reecbeu a primeira condenação à morte no ano de 1997, e outras duas após isso. O homem é acusado de ser o mandante do assassinato de seu antigo chefe, que foi violentamente atacado com um taco de basebol, no estacionamento do local em que trabalhavam.
Desde 2015, Glossip teve três tentativas de execução adidas, e comeu em todas as oportunidades a última refeição, regalia oferecida pelos EUA para os condenados à morte. Recentemente, ex-companheiros de cela de Justin Sneed, o executor do crime, disseram que o homem confessou ter mentido sobre a participação de Richard, a fim de evitar a própria condenação. Ainda assim, a Justiça de Oklahoma rejeitou as alegações.
- Christie Michelle Scott: americana que matou o filho autista de seis anos para receber seguro
Christie Michelle Scott foi condenada à morte no ano de 2009, quase um ano depois de provocar o incêndio que matou o filho autista, Mason, de seis anos. No episódio, ela conseguiu escapar da casa em chamas com o filho mais novo, de apenas quatro anos. Algumas testemunhas alegaram que Christie rejeitava o filho por conta da condição especial dele. A mulher foi acusada de matar a criança para receber a apólice do seguro de vida do pequeno, um valor equivalente a US$ 150 mil.
- Dylann Roof: supremacista branco que cometeu massacre em igreja nos EUA
O crime bárbaro ocorreu em Charleston, na Carolina do Sul, no ano de 2015. Dylann Roof, que na época era um jovem de 21 anos, se dirigiu a Igreja Metodista Episcopal Africana Mother Emanuel, e usando uma arma de fogo, matou nove pessoas negras.
O assassino foi preso no dia seguinte e admitiu o crime sem demonstrar qualquer arrependimento. O caso ganhou repercussão, depois que alguns veículos da imprensa noticiaram que, após a prisão, os agentes teriam levado Roof para comer em uma lanchonete fast-food.
- Lindsay Sandiford: idosa presa por tráfico de drogas Indonésia
Condenada à morte em 2013, a britânica Lindsay Sandiford, de 69 anos, foi pega tentando contrabandear uma quantia de cocaína avaliada em 1,6 milhão de libras esterlinas. A defesa da idosa alega que na época do crime, ela foi coagida a levar o material e acabou aceitando fazer a viagem por estar enfrentando problemas mentais.
Enquanto aguarda a execução da pena, Lindsay está detida na Prisão de Kerobokan, em Bali. A instalação construída para abrigar no máximo 300 prisioneiros, atualmente conta com mais de 1,4 mil detentos, em celas compartilhadas por homens e mulheres.
- Scotty Ray Gardner: condenado por estrangular a namorada usando um modelador de cachos
O americano de 60 anos foi condenado a pena de morte em 2018, por matar a namorada estrangulada com um modelador de cachos. Após o crime, o homem ainda roubou os pertences da vítima com o objetivo de jogar em um cassino próximo ao local.
Atualmente, Scotty Ray pede ao estado que seja executado, a motivação é uma ação judicial movida por outros detentos, que acabou paralisando as execuções por causa do método, que "provoca sofrimento desumano e prolongado".
- Leia também: Vladimir Aras: A pena de morte como fracasso da civilização
Em uma mensagem escrita ao jornal USA Today, o prisioneiro deixa claro os motivos do por que deseja morrer logo. "Uma cela infestada de mofo, encanamento precário e uma pia e um ralo no chão por onde insetos entram e saem constantemente.".
- Ahmadreza Djalali: médico preso no Irã acusado de ser espião a serviço de Israel
O médico Ahmadreza Djalali, que tem cidadania sueca e iraniana, foi preso em 2016, quando estava no Oriente Médio para apresentar aulas e palestras. O homem acabou preso acusado de fornecer informações para o Mossad, serviço de inteligência israelense. Os dados teriam sido usados para os ataques recentes às instalações nucleares iranianas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), somente em 2024, 975 pessoas foram executadas por pena de morte no Irã. Segundo a Ong Iran Human Rights, a data para a execução de Djalali segue indefinida, mas pode ocorrer a “qualquer momento”.
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*Estagiário sob supervisão de ...
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