
Uma pesquisa realizada pela Nexus revelou percepções contrastantes dos brasileiros em relação aos Estados Unidos e à China. Segundo o levantamento, metade dos entrevistados (50%) considera que o atual governo norte-americano é mais autoritário nas relações internacionais do que o regime chinês (38%), enquanto 12% não souberam responder.
A visão crítica em relação aos EUA é mais forte entre jovens de 16 a 24 anos (54%), moradores do Sudeste (53%), pessoas com renda de até um salário mínimo (53%) e com ensino médio (52%). Já a percepção de que a China exerce maior autoritarismo é mais frequente entre brasileiros com renda acima de cinco salários mínimos (46%), ensino superior (44%), homens (42%), pessoas de 41 a 59 anos (42%) e moradores do Norte e Centro-Oeste (40%).
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Quando o tema é democracia, 60% dos entrevistados avaliam que os Estados Unidos são mais democráticos que a China, contra 25% que enxergam os chineses como mais democráticos. Outros 15% não souberam ou não responderam. O apoio à democracia norte-americana é maior entre quem possui ensino superior (68%), renda acima de cinco salários mínimos (64%) e moradores do Sudeste (64%). A percepção favorável à China aparece com mais força no Norte e Centro-Oeste (31%) e entre jovens de 16 a 24 anos (30%).
A pesquisa também aponta que, para 70% dos brasileiros, os Estados Unidos exercem mais influência nas relações políticas internacionais, enquanto 20% creditam essa posição à China. A percepção de maior protagonismo norte-americano é mais evidente entre homens (73%), pessoas com ensino superior (77%), renda acima de cinco salários mínimos (76%) e moradores do Sudeste (76%).
Em relação ao meio ambiente, há um empate: 42% acreditam que os EUA são mais prejudiciais, enquanto outros 42% apontam a China. A divisão se reflete em recortes regionais e sociais. Os norte-americanos são mais criticados no Nordeste (46%), entre pessoas com ensino superior (46%) e acima dos 60 anos (43%). Já a China é vista como mais danosa no Norte e Centro-Oeste (48%), entre pessoas de 25 a 40 anos (48%), com ensino médio (47%) e renda de um a dois salários mínimos (46%).
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O levantamento ouviu 2.005 brasileiros a partir de 16 anos, em todas as 27 unidades da federação, entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%, segundo o instituto de pesquisa.
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