
O acordo inicial de cessar-fogo em Gaza foi aprovado pelo governo de Israel e pelo grupo islamita Hamas, nesta quinta-feira (9/10). A primeira fase do plano estabelece o interrompimento dos combates em até 24 horas e a libertação dos reféns israelenses em troca dos prisioneiros palestinos.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro de Finanças, Bezalel Smotrich, representantes da extrema direita israelense, votaram contra o acordo. Ben-Gvir teria ameaçado “derrubar” o governo de Benjamin Netanyahu caso o Hamas não fosse desarmado.
A troca de reféns e prisioneiros inclui os restos mortais de israelenses que morreram no cativeiro desde os ataques de 7 de outubro de 2023. Segundo Israel, o Hamas ainda mantém 48 dos 251 sequestrados. Destes, estima-se que apenas 20 ainda estejam vivos.
“Estamos no meio de um acontecimento crucial. Nos últimos dois anos, lutamos para alcançar nossos objetivos de guerra, e um dos objetivos centrais é o retorno dos reféns – todos eles, os vivos e os mortos. E vamos conseguir isso”, afirmou Netanyahu.
Aspectos mais amplos do acordo estão não estão esclarecidos, como o desarmamento do Hamas e a retirada completa das forças israelenses do território palestino. Também não se sabe o quanto de ajuda humanitária poderá entrar em Gaza e nem quais prisioneiros serão libertados.
Autoridades de Washington confirmaram à agência de notícias AFB que cerca de 200 militares norte-americanos irão supervisionar o cumprimento do acordo.
Ataques israelenses continuaram nesta quinta
Mesmo em meio às negociações de cessar-fogo, bombardeios israelenses foram registrados nesta quinta-feira. Até o momento, 29 mortes foram confirmadas em Gaza nas últimas 24 horas.
No norte da Cisjordânia, dois palestinos, incluindo uma criança, ficaram feridos após um ataque israelense em Yabad, cidade ao sul de Jenin. Também há relatos de ataques no centro de Hebron, sul da Cisjordânia, e na vila da de Kisan, leste de Belém.
Desde os ataques de 7 de outubro, mais de 65 mil palestinos foram mortos em Gaza.
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