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Barroso diz que Lira e Braga Netto negaram ameças às eleições de 2022

Ministro tem sido alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro por se opor à implementação do voto impresso no país

Augusto Fernandes
postado em 22/07/2021 11:42 / atualizado em 22/07/2021 11:43
 (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
(crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sobre a suposta reunião entre o deputado e o general em que Braga Netto teria dito que as eleições de 2022 só acontecerão caso haja voto impresso. Segundo Barroso, não houve nenhuma ameaça ao pleito do ano que vem.

Em uma publicação nas redes sociais, o ministro informou que ambos desmentiram a informação. O caso veio à tona após uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o jornal, Braga Netto enviou o recado sobre as eleições a Lira no dia 8 de julho por meio de um interlocutor, que não teve o nome revelado.

"Conversei com o Ministro da Defesa e com o Presidente da Câmara e ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições", afirmou Barroso. "Temos uma Constituição em vigor, instituições funcionando, imprensa livre e sociedade consciente e mobilizada em favor da democracia", completou o magistrado.

Barroso tem recebido ataques constantes do presidente Jair Bolsonaro por ser contrário à proposta de o país adotar o voto impresso já no ano que vem. Para o ministro, essa alteração acarretaria em custos desnecessários e poderia comprometer a segurança das eleições.

O presidente da República é a favor do voto impresso por dizer que a urna eletrônica não é confiável e que ela é suscetível a fraudes. Apesar de nunca ter apresentado provas, Bolsonaro afirma que deveria ter sido eleito no primeiro turno em 2018, pois teve votos suficientes para isso. O presidente também garante que o vencedor das eleições de 2014 foi o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), e não Dilma Rousseff (PT).

Atualmente, a Câmara dos Deputados discute uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para que seja implementado no pleito de 2022 um sistema de votação em que os votos dos eleitores sejam impressos logo após eles utilizarem a urna eletrônica, o que seria uma forma de cada brasileiro conferir se a máquina registrou corretamente as suas escolhas.

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