Poder

Lula diz para servidores pressionarem parlamentares fora do Congresso

Em reunião com sindicatos de servidores públicos, o ex-presidente ainda enfatizou a necessidade de eleger deputados e senadores com discursos progressistas

Cristiane Noberto
postado em 07/10/2021 20:11
 (crédito: Reprodução/Youtube)
(crédito: Reprodução/Youtube)

Na tarde desta quinta-feira (7/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu continuidade à agenda em Brasília, desta vez se reunindo com sindicatos de servidores públicos. Na pauta a PEC 32, mais conhecida como a reforma administrativa. A reunião faz parte do ritmo pré-campanha que o político vem fazendo na capital desde domingo.

Acho que temos que modelar nossa briga para a gente conquistar mais coisas. Precisamos mudar o jeito de pressionar o Congresso Nacional. Esse cidadão precisa ser pressionado na rua e na cidade que ele mora, e não estou dizendo que tem que ser grosseiro com eles como são com a gente. É pressionar de forma civilizada. Chegar na casa dele, com a mulher dele, e falar ‘porra, cara, você não sabe a situação que a gente está vivendo? Você tem noção do que está fazendo?’”, aconselhou.

Lula explicou que os parlamentares não têm essa noção porque não precisam utilizar o serviço público. Além disso, o político enfatizou a necessidade de maior representatividade da esquerda no Congresso. “Como a gente quer que o Congresso nos ajude se as pessoas votam em 400 deputados e 60 senadores que não têm o discurso ao menos parecido com o nosso? O resultado eleitoral está umbilicalmente ligado ao resultado que queremos. É importante eleger o presidente, mas são importantes deputados progressistas, senadores que pensam como nós”, afirmou.

O ex-presidente ainda destacou a importância de um discurso simples e claro ao explicar para as pessoas mais próximas sobre política. “Hoje ouvi de uma catadora, quando ela perguntou a uma amiga sobre o que era esquerda e direita, e a mulher a respondeu dizendo: esquerda é quem luta pelos nossos direitos; direita é quem quer tirar os nossos direitos. Uma explicação tão simples que me fez questionar se muitas vezes a gente não consegue dizer de forma objetiva para quem está do nosso lado”, disse.

 

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