Poder

Bolsonaro: "Eu mudei. Eu era estatizante, lá atrás votava com a esquerda"

"As pessoas só podem ter iniciativas se tiverem liberdade. Como era loteado no passado o Banco do Brasil, presidente e diretores? Vocês sabem. Como era a Caixa Econômica, os ministérios, as estatais, as secretarias? Não tinha como dar certo", comentou

Ingrid Soares
postado em 07/04/2022 15:57
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.PRESS)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (7/4) que era “estatizante” quando ainda era parlamentar. A declaração ocorreu durante a cerimônia de lançamento do "BB Antecipa Frete" e do "BB CPR Preservação", quando o presidente comentava sobre como conheceu o atual assessor especial do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. O chefe do Executivo também reclamou de críticas por parte da imprensa.

“A imprensa (está) o tempo todo atirando de .50 em cima da gente. E como é que a gente resiste a tudo isso aí? Porque é resiliência de todos nós, dos senhores, também servidores do BB, em buscar fazer a coisa certa. O Paulo Guedes (ministro da Economia) recebia o Sachsida. É um homem de visão. Em 2017, frequentava meu gabinete. Ele apareceu lá com um laptop e eu: 'Quem é esse cara aí'. 'Não sei, pô'. Me ajudava a entender um pouco de economia. Eu mudei. Eu era estatizante. Lá atrás, eu votava com a esquerda muita coisa. E em pouco tempo, a gente, nessa questão econômica, vê qual é o caminho certo, qual o norte. Sem liberdade, a gente não vai a lugar nenhum”, alegou.

Bolsonaro aproveitou para criticar indiretamente o governo PT. “As pessoas só podem ter iniciativas se tiverem liberdade. Como era loteado no passado o Banco do Brasil, presidente e diretores? Vocês sabem. Como era a Caixa Econômica, os ministérios, as estatais, as secretarias? Não tinha como dar certo. O que que eu sempre fiz? Liberdade total ao Fausto (Ribeiro, presidente do Banco do Brasil), ao Pedro (Guimarães, presidente), da Caixa; Guedes, da Economia, e demais ministros.”

“Há pouco tempo, instituições, bancos, estatais e ministérios só iam para as páginas de jornais por motivos de escândalos. Por que isso não acontece hoje? Porque, me desculpe, eu tive a coragem de convidar pessoas que podiam realmente levar avante o trabalho das instituições. Caso contrário, como é que o outro presidente que tivesse os mesmo parâmetros de outros que me antecederam, como é que teríamos nos comportado por ocasião da pandemia?”

Antecipação de frete

Ainda durante o evento, o Banco do Brasil lançou uma solução financeira para fortalecer o setor de transportes no país. A solução é resultado de parceria com as empresas transportadoras conveniadas com o banco, viabilizando a contratação de crédito por transportadores autônomos, de forma fácil e totalmente digital, por meio do aplicativo do BB para celular ou BB Digital PJ.

A linha permite aos caminhoneiros autônomos correntistas do BB antecipar o valor dos fretes com pagamento programado para os próximos 120 dias; de taxas de juros a partir de 1,79% a.m., conforme perfil do cliente e os com necessidade de convênio com a Transportadora/Embarcadora PJ.

Segundo o BB, o crédito concedido aos caminhoneiros aproveita o relacionamento existente com transportadoras e embarcadoras. Como a antecipação envolve os fretes já contratados, cujo direito será cedido ao banco, a sua liquidação é realizada pela própria empresa.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação