Reajustes

Delegados federais aderem greve e mais categorias sinalizam descontentamento

Policiais Civis e servidores do Incra estão descontentes com o andamento das negociações por reajuste. Além dos delegados, mais duas categorias do funcionalismo federal já entraram em greve

Deborah Hana Cardoso
postado em 06/05/2022 20:21
 (crédito: Fernanda Strickland/CB/DA.Press)
(crédito: Fernanda Strickland/CB/DA.Press)

 

Nesta semana, mais uma categoria se uniu aos servidores do Banco Central e da Receita Federal em paralisação por reajuste. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou a greve junto a um pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que também é delegado. 

A decisão pela paralisação dos delegados foi aprovada em assembleia extraordinária realizada na segunda-feira (2/5) e terça-feira (3/5) pela ADPF, após a categoria demonstrar insatisfação com o possível reajuste de 5% uniforme a todos os servidores federais — abaixo das expectativas da categoria que esperavam um número maior com base na reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2023 e reestruturação de carreiras.

Os policiais civis do Distrito Federal também estão em busca de reajuste. Após encaminhamento do GDF, o caso está nas mãos do Ministério da Economia. Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito (Sinpol-DF), explicou que há condições orçamentárias para o reajuste de 10%. “Estamos abaixo dos federais desde 2017. Estamos aguardando manifestação da Economia e no nosso caso o Orçamento comporta. Não está descartado nenhum movimento, como paralisação dependendo do que for negociado. Estamos querendo um empenho do GDF para resolver essa questão”, disse.

A Associação Nacional dos Servidores Públicos Federais Agrários (Cnasi-AN), órgão que representa 90% dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também mostrou descontentamento com as negociações do reajuste.  “No Incra há uma concordância geral, embora não seja unanimidade, que o percentual de 5% é muito baixo e não compensa as perdas inflacionárias do ano passado”, diz Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Cnas-AN. 

“Mesmo assim, não temos identificado clima para greve no Incra, pois a pandemia desarticulou muito a mobilização dos servidores. No entanto, se o movimento grevista ganhar corpo em outros órgãos essa disposição pode mudar e os servidores do Incra poderiam aderir a greve geral”, explicou ao Correio.

Os funcionários do Banco Central, que iniciaram greve no começo de abril, sinalizaram que a paralisação deve continuar. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato Nacional Dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.

 

 


Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação