O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a atuação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, o chefe do Executivo questionou supostos conflitos de interesse do ministro devido à anulação, que realizou em março de 2021, de todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionadas às investigações da Operação Lava-Jato. A anulação viabilizou a candidatura do petista para as eleições de outubro de 2022.
“É justo, meus senhores, o ministro Fachin, que tirou o Lula da cadeia, estar à frente do processo eleitoral? É justo ele se reunir, há 10 dias, com 70 embaixadores, e falar para eles de forma indireta que eu estou ‘solapando’ a democracia?”, indagou Bolsonaro.
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O presidente criticou, ainda, a decisão do ministro Fachin que proibiu operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia, em junho de 2020. A decisão de Fachin permitia operações somente em "hipóteses absolutamente excepcionais", sem exemplificar quais seriam.
“Nos morros do Rio, onde o Fachin diz que a polícia não pode entrar e nem sobrevoar helicópteros, está cheio de fuzil. Virou lá um refúgio da bandidagem do Brasil todo. Parabéns, ministro Fachin. Tremenda colaboração com o narcotráfico, com a bandidagem de maneira geral”, ironizou o presidente.
Eleições
Bolsonaro voltou a comentar, ainda, sobre o convite feito pela corte eleitoral às Forças Armadas para integrar uma comissão de transparência eleitoral. Segundo o presidente, o “TSE não quer mais conversa”.
“As Forças Armadas descobrem mais de 500 vulnerabilidades. Apresentam uma dezena de sugestões, e aí o TSE não quer mais conversa. “Eleições são para forças desarmadas”. [...] Quem vai contar esses votos? Quem garante que nós estamos tranquilos na questão eleitoral? A imprensa vai me chamar que ataquei a democracia. Tô falando dados”, disse.
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