O Senado dos Estados Unidos confirmou, na tarde desta quarta-feira (14/12), a nomeada do presidente norte-americano Joe Biden, Elizabeth Frawley Bagley, como embaixadora extraordinária e plenipotenciária (agente diplomático investido de plenos poderes, em relação a uma missão) no Brasil.
De acordo com a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, a embaixadora Bagley vai iniciar os preparativos para sua chegada ao Brasil e a data ainda será determinada pela Casa Branca. "A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil esperam receber a embaixadora Bagley e continuar a fortalecer a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos", informou a nota da área diplomática norte-americana.
Com isso, a Casa Branca dá mais um sinal de reaproximação do EUA com o país, pois houve um afastamento desde a posse do democrata, em 2021, que demorou para ser reconhecida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A indicação de Bagley para chefiar a Embaixada dos EUA no Brasil ocorreu em janeiro deste ano. O cargo estava vago desde julho do ano passado, quando o embaixador Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, decidiu se aposentar. Desde então, o encarregado de negócios Douglas Koneff ocupa o cargo interinamente.
Bagley trabalha com diplomacia e advocacia há mais de quatro décadas, segundo a Embaixada norte-americana. Sua experiência diplomática inclui serviço como conselheira sênior dos Secretários de Estado John Kerry, Hillary Clinton, e Madeleine Albright. Ela também serviu como representante especial para a Assembleia Geral das Nações Unidas, representante especial para Parcerias Globais, e embaixadora dos EUA em Portugal.
Ao longo de sua carreira, a diplomata recebeu diversas honrarias, incluindo o Prêmio de Honra Distinta do Secretário de Estado, o Prêmio Meridian International Public Diplomacy Award e foi agraciada com a Ordem do Infante D. Henrique — a maior honra civil de Portugal.
Com o fim da demora na aprovação da indicação da nova embaixadora no Brasil, o governo dos EUA espera se reaproximar do país, após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois não havia um representante oficial do país em Brasília para a posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. No último dia 5, a Casa Branca enviou o conselheiro Nacional de Segurança para fazer o convite formal a Lula se encontrar com Biden, em Washington.
Conforme dados do embaixador Fernando Igreja, coordenador do cerimonial da posse de Lula, 17 chefes de Estado confirmaram presença até o momento, o maior número registrado na história.
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