Palácio da Alvorada

Lula reclama de situação do Alvorada e diz que Bolsonaro tem "desequilíbrio mental"

"Eu e a Janja ainda não temos casa para morar", emendou o presidente

Ingrid Soares
postado em 12/01/2023 17:14 / atualizado em 12/01/2023 17:17
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (12/1) que ele e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, ainda não têm casa para morar. O chefe do Executivo se referiu ao Palácio da Alvorada, que ainda passará por reformas, assim como a casa da Granja do Torto, outra residência presidencial.

“Estamos vivendo em um momento sui generis. Eu e a Janja ainda não temos casa para morar. Quando eu ganhei as eleições em 2002, o FHC me fez a gentileza de permitir que eu ficasse quase 40 dias na Granja do Torto até tomar posse e ir para o Palácio da Alvorada. Agora não foi possível porque o (Paulo) Guedes estava morando na Granja do Torto. Quando ele saiu, eu e Janja fomos lá fazer uma visita para ver ser era possível morar lá. O Torto precisa ser recuperado, parece uma coisa abandonada, apesar de o Guedes estar morando lá”, relatou.

“Tem coisa totalmente deteriorada (na Granja do Torto). Eu espero que a gente possa, o mais rápido possível, tentar dar uma reparada no Torto para a gente começar a frequentar”, completou.

Lula ainda se disse “decepcionado” ao ver o estado da residência oficial e lembrou que, na transição feita com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2002, o cenário foi diferente. “O Alvorada, eu fiquei decepcionado. Eu herdei o Alvorada de FHC. Era uma coisa bastante tranquila, o sofá que eu já tinha sentado. O Fernando Henrique me levou para ver o quarto, para ver o banheiro. Tudo arrumado. Do jeito que ele saiu, eu entrei, sem nenhum problema. Dessa vez, eu achei que ia ser a mesma coisa.”

“Acontece que, quando você entra no palácio, está tudo desarrumado. A sala que tinha sofá, já não tem mais. O quarto, que tinha cama, já não tinha mais cama. Eu não sei o é que fizeram, não sei por que fizeram. Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então, a gente está fazendo uma reparação, porque aquilo é patrimônio público, tem de ser cuidado", completou.

“A parte de cima está uma coisa, como se não tivesse sido habitado, não tem cama, não tem sofá. Se fosse dele, tinha razão de levar mesmo, mas ali, uma coisa pública, eu não sei, por que tem que levar a cama embora? Troca o colchão, troca a roupa de cama e dorme à vontade," riu Lula, em tom de brincadeira.

"Estou cansado de ficar no hotel"

Lula afirmou ainda que não há previsão para a mudança e se mostrou preocupado em ter que aguardar a licitação para a compra de móveis. Ele relatou que tentará junto ao TCU a compra em caráter emergencial. “Nós vamos levar um tempo. Estou preocupado porque, se for fazer uma licitação para comprar um sofá, uma cama, vamos levar 90 dias. Eu, sinceramente, estou cansado de ficar no hotel, porque não é o local apropriado para se governar um país.”

“Tem pessoas que me ofereceram casa para morar, mas eu não quero morar como se fosse um clandestino. Se tem lugar para o presidente morar, eu quero entrar lá decentemente. Estamos tentando fazer a reforma, eu não sei quanto tempo vai demorar ainda, vai depender de fazer um acerto com o TCU, se é possível comprar as coisas em caráter emergencial sem passar por um processo de esperar os 90 dias de uma licitação.”

Bolsonaro

Lula também teceu alfinetadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmando que o mesmo tem “desequilíbrio mental” por colocar em dúvida o pleito eleitoral.

Nós ganhamos as eleições. Até hoje, o cidadão não reconheceu a derrota. Até hoje, ele ainda coloca em dúvida as urnas eletrônicas, quando, no mundo inteiro, a urna eletrônica é invejada”, disse. “Eu vi uma declaração do Bolsonaro, acho que foi ontem, de que ele ainda não acredita no sistema eleitoral. De que ele continua duvidando da urna eletrônica. Ou seja, é um cidadão que tem um problema de desequilíbrio mental. Um cidadão que foi eleito durante tantos anos pelo voto eletrônico e nunca questionou. Ele, agora que perdeu, resolve questionar?”

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