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Fórum Econômico Mundial

'Também precisamos que o mundo faça sua parte', diz Marina sobe a Amazônia

Durante sua participação em Davos nesta terça (17/1), a ministra do Meio Ambiente cobrou o repasse anual de US$ 100 bilhões de países ricos acertado em 2015 para mudanças climáticas

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou nesta terça-feira (17/1) que "precisamos que o mundo faça sua parte" para a proteção da Amazônia. Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, a ministra cobrou ainda o repasse anual de US$ 100 bilhões de países ricos a países pobres, acertado em 2009, para o combate às mudanças climáticas.

"Nós precisamos de parcerias, suporte tecnológico e também precisamos que o mundo faça sua parte, porque podemos cortar para zero o desmatamento na Amazônia. Mas se o resto do mundo continuar emitindo CO2, a Amazônia vai ser destruída do mesmo jeito", disse Marina durante participação no painel "Brasil, um novo roteiro". Também estava presente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"Nós temos uma boa regulamentação internacional, mas faltam investimentos. Os US$ 100 bilhões que eram compromisso dos países desenvolvidos ainda não estão aqui. Nós temos que ter recursos para ações de mitigação, e também de adaptação", disse ainda a ministra do Meio Ambiente.

Em 2009, os países desenvolvidos prometeram um investimento de US$ 100 bilhões por ano para financiar o combate às mudanças climáticas em países menos desenvolvidos até 2020, mas o valor repassado está aquém do combinado. 

Amazônia pode sediar a COP 30, em 2025

Marina comentou ainda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em registrar Belém, no Pará, como cidade candidata a sediar a COP 30, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá em 2025.

"Acho que quando o presidente Lula apresentou o Brasil como um candidato para sediar a COP 30 na Amazônia, em Belém, foi uma mostra de que nós temos falas que são grandiosas, mas que nós queremos que elas sejam materializadas, traduzidas para a prática", comentou a ministra. "Em parceria com outros países da região amazônica, nós estamos fazendo investimentos para fazer a nossa economia girar. Sediar a COP 30 na Amazônia é uma demonstração do compromisso do nosso país e do nosso continente com essa questão importe para o mundo. E também para dizer que a responsabilidade para preservar a Amazônia não é somente nossa", completou.

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