Congresso Nacional

Da tribuna, Lira defende reforma tributária e condena "radicalismo político"

Em ato inédito, o presidente discursou em defesa da PEC e disse que "quando o país busca olhar pra frente, surgem vozes acorrentadas ao passado"

Taísa Medeiros
postado em 06/07/2023 21:24 / atualizado em 06/07/2023 21:26
Durante debate sobre a reforma tributária, Lira discursou da tribuna do plenário
 -  (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Durante debate sobre a reforma tributária, Lira discursou da tribuna do plenário - (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Em ato inédito, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deixou a mesa-diretora e discursou na tribuna do plenário em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O presidente argumentou ser um projeto de país, criticou o “radicalismo político” e pediu para que a reforma seja discutida tecnicamente.

“Todos querem um sistema tributário com justiça social simplificada e eficiente. Isso é a chave para uma economia que quer, e vai crescer. Não nos deixemos também levar pelo que sempre critiquei, que é o radicalismo político. O povo está cansado disso. Os vitoriosos como nós estão no poder”, disse. “Lembro a vocês que o meu candidato, que apoiei nas eleições, perdeu a eleição presidencial”, disse Lira, que apoiou Jair Bolsonaro no pleito eleitoral de 2022.

Lira questionou ainda aqueles que criticam que a tramitação da reforma tem sido “célere demais”. “Como falar de rapidez e velocidade na votação de uma reforma tributária que é esperada pela nação há mais de 50 anos?”, indagou. “Todo Brasil está nos vendo, ansioso por uma resposta imediata que acabe com essa longa espera”.

O discurso teve diversos recados para os opositores à reforma, que tem questionado pontos-chave da proposta e trazido o que Lira chamou de “radicalismo político”. “Quando o país decide olhar para frente, surgem vozes amarradas ao passado”, disse. “Deixemos as urnas de lado, voltemos nossos olhos para o povo brasileiro”, pediu o presidente, ressaltando que não se trata de uma “pauta de governo”.

O parlamentar alagoano finalizou o discurso renovando o pedido para que os deputados debatam os pontos de maneira técnica, e relembrou o momento histórico vivido. “Vamos ter o reconhecimento da nação. Vamos escrever, todos nós, nossos nomes na história do Brasil e deste parlamento”.

 

 

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