Troca de ministros

Simone Tebet defende trocas em cargos do governo por apoio em Congresso

Time de ministros estava em São Paulo para última plenária da plataforma Brasil Participativo, nesta sexta (14/7)

Ândrea Malcher
postado em 14/07/2023 18:32
Simone Tebet defende trocas no governo em prol de mais apoio no Congresso -  (crédito:  Paulo Pinto/Agência Brasil)
Simone Tebet defende trocas no governo em prol de mais apoio no Congresso - (crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Os ministros Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, defenderam, nesta sexta-feira (14/7), trocas ministeriais para acomodar o Centrão como uma estratégia para aprovar projetos no Congresso. Durante coletiva de imprensa, em São Paulo, antes da última plenária da plataforma Brasil Participativo, que busca colher sugestões para o Orçamento Participativo e o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, Tebet afirmou que é necessário “sentar com quem pensa diferente e quer fazer parte do governo”.

Os principais cargos almejados pelo Centrão são ocupados por mulheres, como no caso da presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Rita Serrano, e dos Ministérios da Saúde, com Nísia Trindade, e dos Esportes, com Ana Moser. Tebet reforçou que a composição do governo conta com muitas mulheres, mas ponderou que as trocas não precisam ser por outras mulheres.

“Temos o ministério mais feminino de toda a história. É claro que às vezes algum ajuste ou outro precisa ser feito, precisou ser feito no Ministério do Turismo (com a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino)", afirmou a ministra. “Mas eu não tenho dúvida de que, seja qual for a alteração que for feita, as mulheres continuarão ou irão para outros ministérios, outros espaços de poder extremamente relevantes e continuarão proporcionalmente com a representatividade que têm hoje".

O evento reuniu, ainda, as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Macêdo, por sua vez, destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou o Orçamento nas mãos do Congresso e “o presidente Lula não fez isso e não vai fazer. Não vai abrir mão de seu papel constitucional".

"É natural que os partidos que querem dar sustentação na Câmara e no Senado reivindiquem participação no ministério e reivindiquem ministérios", observou ele. “A decisão é do presidente da República. Os cargos são dele, assim o povo determinou nas urnas. Ele vai definir e dialogar.

Simone Tebet relembrou que é preciso abrir caminho no Congresso. "Queremos maioria para os programas relevantes e sociais do Brasil. Sabemos aonde queremos chegar".

Ana Moser também estava na coletiva, mas não respondeu a perguntas. Um dos alvos do Centrão, a ministra do Esporte foi muito aplaudida durante seu discurso no auditório do Memorial da América Latina, repleto de representantes de movimentos sociais. A plateia gritava “Ana fica, Ana fica”.

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