A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, se emocionou, nesta terça-feira (26/9), durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — também presidido por ela. Às vésperas de se aposentar, a magistrada disse estar em um “mar de emoções” e afirmou ter sido um “privilégio” conduzir o colegiado.
“É um verdadeiro mar de emoções que toma conta de mim. E estou com enorme necessidade de impedir que as diques internas se abram e que as lágrimas transbordem”, afirmou, durante discurso no CNJ. “Eu choro muito, eu sou muito chorona, mas as lágrimas sempre escorrem para dentro. Nesses dias, porém, elas têm teimado em mudar o rumo”, completou.
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Na sessão desta terça-feira, o conselho aprovou, por maioria, uma resolução que obriga a adoção de regras de paridade de gênero para promoção na magistratura. Weber afirmou ter sido um “enorme privilégio” atuar no STF e no CNJ na busca pelos direitos fundamentais.
“Atuando no STF na guarda da Constituição e na efetivação dos direitos fundamentais que ela assegura a todos, eu tive a enorme função de atuar nesse CNJ com essa companhia tão comprometida [...] Nesse conselho da República, onde conseguir atuar com políticas públicas no Poder Judiciário, que nos permite essa busca da efetividade dos direitos fundamentais”, ressaltou.
Novo presidente do Supremo
O ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente do STF, nesta quinta-feira (28). Ele ficará na vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta em razão da idade limite de 75 anos para ocupar uma das cadeiras do tribunal. Na solenidade, Edson Fachin será empossado como vice.
Apesar das especulações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não revelou quem irá indicar para compor o STF. Mesmo com a pressão de entidades e juristas para escolher uma mulher negra para o cargo, ele afirmou, ontem, que não deve guiar a sua escolha pelos critérios de raça ou gênero. Segundo o chefe do Executivo, o nome deverá “atender aos interesses do Brasil”.
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