A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro adiou para a quinta-feira (28/9) a votação em bloco de requerimentos de parlamentares governistas e de oposição. A razão do adiamento foi a falta de consenso entre os membros do colegiado.
Mesmo após uma reunião, ocorrida na noite de ontem (29), os parlamentares, o presidente da CPMI, o deputado Arthur Maia (União-BA), e a relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), seguem sem concordar. Maia defendeu na sessão, novamente, que um representante da Força Nacional seja ouvido.
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“Não se trata de um capricho do presidente. É uma questão de justiça. Foram chamados representantes do Exército e da Polícia Militar do Distrito Federal. Não é razoável, não faz sentido que a terceira força que estava envolvida no dia 8 de janeiro, que é a Força Nacional, simplesmente não venha a esta CPMI, como é um desejo da minoria. Não tem lógica”, reclamou o deputado.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) declarou que não há acordo “de nenhum dos lados”. “Eles não aceitam os (requerimentos) que a gente quer indicar e nós não aceitamos que eles ‘pincem’ alguém da Força Nacional, e não o comandante da época, só porque tem o discurso deles, é um bolsonarista.”
A CPMI tem, atualmente, 24 requerimentos ainda não apreciados que buscam convocar os agentes José Américo de Souza Gaiam, diretor-geral da Força Nacional na época dos ataques; Ivair Matos Santos, diretor-substituto no 8 de janeiro; Sandro Augusto de Sales Queiroz, comandante do Batalhão de Pronto Emprego; e Fernando Alencar Medeiros, atual diretor da corporação.
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