Executivo

Dino faz balanço da gestão no MJSP: "Defesa da democracia e retomada do SUSP"

O ministro da Justiça falou do sentimento "ambíguo" ao deixar a pasta para assumir uma cadeira no STF. "Muito orgulho da minha equipe", declarou

Flávio Dino assumirá uma cadeira no STF a partir de fevereiro de 2024. -  (crédito: Isaac Amorim/MJSP)
Flávio Dino assumirá uma cadeira no STF a partir de fevereiro de 2024. - (crédito: Isaac Amorim/MJSP)
postado em 21/12/2023 17:52

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participou de cerimônia de entrega de 500 viaturas policiais, na manhã desta quinta-feira (21/12). Na ocasião, ele fez um balanço da gestão e falou de sentimento 'ambíguo' ao deixar o cargo para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). 

Dino destacou dois pontos como as marcas da gestão dele no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). "Eu diria que o tema que eu mais me dediquei, evidentemente, nos primeiros meses, foi a defesa da democracia, que exigiu um foco do qual eu não me arrependo, faria de novo. Sem o regime democrático, sem a constituição, nada mais existe. Não foi uma opção, fui arrastado para essa pauta pelos eventos de conhecimento geral. E, em segundo, diria o tema da segurança, com a retomada do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) que tem resultados tangíveis", afirmou Dino. Ainda sobre o 8 de janeiro, o ministro falou que enfrentou "um dos maiores desafios profissionais" da vida dele e que a "defesa da constituição" é sua prioridade.

O ministro orgulhou-se das ações de combate a organizações criminosas e homicídios, através do Fundo Nacional de Segurança Público. Além de relembrar a diminuição de 45% no desmatamento na Amazônia, devido a alta fiscalização e destruição de 750 dragas de garimpos. "Por um lado, estou honrado e feliz de, em breve, integrar o STF. Por outro lado, lamento muito porque gosto muito do que faço, acredito muito no que faço, tenho muito orgulho da minha equipe", declarou Dino. Na sequência, ele foi aplaudido em pé por todos presentes no evento com direito a coro de "fica, fica, fica". 

O ministro não chegou a comentar sobre nomes para a sucessão dele no ministério, nem sobre possível divisão da pasta entre Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública. No entanto, fontes internas afirmam que os nomes mais especulados são os de Ricardo Lewandoski, ministro aposentado do STF, e Ricardo Capelli, secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Durante fala no evento, a primeira-dama, Janja Lula, chegou a mencionar possibilidade de uma nova "ministra" à frente da pasta — já que o governo federal tirou três mulheres da chefia de pastas do alto escalão desde o início do ano. Um dos nomes favoritos é o da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. 

Câmeras Corporais

A cerimônia também marcou a doação dos Estados Unidos de 400 câmeras corporais para serem utilizadas pelos policiais no Brasil. De acordo com a pasta, essas primeiras unidades devem ser encaminhadas para a Bahia, onde que enfrenta um forte onda de violência. "Nos EUA, o que estamos vendo é que o apoio dessa câmeras corporais aumenta quando é incorporado e entendido o impacto na segurança publica", declarou a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley. 

Janja também comemorou a ação e elogiou a gestão de Dino. "Sabemos que é um instrumento de trabalho de proteção da polícia e da população. O ministro Dino encerra o mandato dele aqui no Ministério da Justiça, mas vai deixar esse importante legado", comentou. 

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