Um ano depois

Dos mais de dois mil bolsonaristas detidos, apenas 66 seguem presos

A Justiça condenou 30 pessoas ao todo e as penas variam de 3 a 17 anos de prisão

Entre os que estão presos, 33 são réus denunciados como executores dos crimes praticados na tarde de 8 de janeiro de 2023 -  (crédito: Evandro Eboli/CB/D.A Press)
Entre os que estão presos, 33 são réus denunciados como executores dos crimes praticados na tarde de 8 de janeiro de 2023 - (crédito: Evandro Eboli/CB/D.A Press)
postado em 04/01/2024 15:05 / atualizado em 04/01/2024 15:05

Um ano depois, 66 seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro que atuaram na destruição do patrimônio público durante os atos golpistas seguem presos. Nos dias 8 e 9 de janeiro de 2023, 1.170 pessoas foram detidas e conduzidas para a Academia Nacional de Polícia. Apenas 66 seguem presas.

Entre essas 66 pessoas, oito já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, houve 30 condenações. As penas variam de três anos, no regime aberto, a 17 anos de prisão, que prevê regime inicialmente fechado.

Também entre os que estão presos, 33 são réus denunciados como executores dos crimes praticados naquela tarde de 8 de janeiro. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), um total de 25 pessoas, das 66 presas, são investigadas por financiar ou incitar os crimes.

O Ministério Público apresentou, no total, 1.354 denúncias.

No flagrante dos atos de vandalismo no 8 de janeiro foram presos em flagrante 243 extremistas, que estavam dentro dos prédios públicos. Destes, eram 166 homens e 82 mulheres.

No dia seguinte, 1.927 pessoas foram detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Dessas pessoas, 775 foram liberadas por serem idosos e mães de crianças menores, entre outras razões. Entre os dias 17 e 20 de janeiro, após exame dos flagrantes e realização de audiências de custódia, 938 permaneceram presas.

No fim do ano passado, em dezembro, o ministro Alexandre de Moraes validou 38 acordos de réus que não participaram das invasões. Essas pessoas confessaram os crimes e se comprometeram a prestar 300 horas de serviços à comunidade, a não cometer delitos semelhantes, além de participar de forma presencial de um curso sobre democracia, estado de direito e golpe de Estado.

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