A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (18/1), mais um dos envolvidos no assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Os dois foram mortos na região do Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho de 2022.
O novo preso, segundo informou a PF, seria o principal aliado e informante de "Colômbia", apontado como mandante dos assassinatos. “A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal de Tabatinga/AM, nesta quinta-feira (18/1), em desfavor do homem conhecido por ser o informante e aliado do mandante dos homicídios de Bruno Pereira e Dom Phillips, assassinados em 5 de junho de 2022, nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, na área do município de Atalaia do Norte/AM”, disse a PF em nota sem confirmar a identidade do novo detido.
O anúncio das prisões foi antecipado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no X, antigo Twitter. “Foi preso pela Polícia Federal mais um envolvido na organização criminosa que perpetrou os homicídios contra Bruno Pereira e Dom Phillips. Mais informações em breve”, disse Dino, cerca de uma hora antes da confirmação pela PF da prisão do suspeito, em Tabatinga, no Amazonas.
Bruno e Dom foram assassinados durante uma expedição pela região que é palco de diversos conflitos e crimes, como pesca e caça ilegal, tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal. Bruno, que era funcionário da Funai, conhecia Dom desde 2018, quando o inglês, que vivia no Brasil desde 2007, fazia uma reportagem para o jornal britânico The Guardian na Terra Indígena Vale do Javari.
Com a prisão desta quinta-feira, sobe para cinco o número de detidos pelo envolvimento no crime. O pescador Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, confessou a participação no crime, mas apontou a autoria dos disparos que mataram os dois a Jefferson da Silva Lima. Também tiveram participação no crime o irmão de Amarildo, Oseney da Costa de Oliveira, e o outro detido é o colombiano Rubén Dario da Silva Villar, o "Colômbia", apontado pela PF como mandante do assassinato dos dois.
A PF aponta que contra Rubén, indiciado como o mandante, ainda correm investigações sobre a chefia de uma organização criminosa na região que teria envolvimento em crimes como tráfico de drogas e armas, pesca ilegal e contrabando de madeira ilegal da região.
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