Investigação

Lula rebate acusação de Bolsonaro sobre perseguição pela PF: "Asneira"

O presidente comentou nesta terça-feira (30/1) a operação que mirou o filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, investigado por possível participação na "Abin Paralela"

Os investigados por participação na
Os investigados por participação na "Abin paralela" devem ter o direito à presunção de inocência, disse Lula - (crédito: Reprodução/Youtube @Lula)
postado em 30/01/2024 10:18

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu, nesta terça-feira (30/1), a acusação do ex-presidente Jair Bolsonaro de que a operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) deflagrada ontem em endereços do seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-SP), seria perseguição política.

Para o petista, Bolsonaro disse "uma grande asneira" e o governo não manda nem na PF, nem na Justiça. O presidente também ressaltou que o antecessor tentou interferir na corporação em benefício próprio. Sobre a investigação, Lula frisou ainda que os investigados devem ter a presunção da inocência e que a PF não pode fazer "pirotecnia" com suas operações.

"Ele falou uma grande asneira. O governo brasileiro não manda na Polícia Federal. Muito menos o governo brasileiro manda na Justiça", declarou o chefe do Executivo em entrevista à CBN Recife. "A Polícia Federal foi cumprir um mandado da Justiça. Eu não vejo nenhum problema anormal se é uma decisão judicial", acrescentou.

Carlos Bolsonaro foi alvo, na segunda-feira (29), de operação da PF no âmbito da investigação sobre uma possível estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo passado, para monitorar adversários da gestão. Em entrevistas, Jair Bolsonaro negou a existência de uma "Abin paralela" e acusou o governo atual e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),  de perseguição.

Sem "pirotecnia"

Lula também comentou hoje que os investigados devem ter o direito à presunção da inocência, destacando que não teve esse direito ao ser investigado e preso no passado. Segundo o presidente, a PF não pode fazer "show pirotécnico" com suas operações, nem divulgar nomes dos investigados sem que haja provas concretas.

"O cidadão que está acusando foi presidente da República, ele lidou com a Polícia Federal. Ele tentou mandar na Polícia Federal. Ele trocava superintendentes ao bel prazer, sem nenhum respeito ao que pensava o próprio diretor-geral da PF, ao que pensava o ministro da Justiça. Eu não, eu acho que as coisas têm que funcionar de acordo com os interesses da instituição", pontuou Lula.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->