Operação Tempus Veritatis

Sem prova, Bolsonaro diz que Moraes recebeu US$ 50 milhões para fraudar eleição

Declaração ocorreu durante reunião com a alta cúpula do governo em 2022. Ele também insinua que os ministros Edson Fachin e Barroso receberem dinheiro indevidamente

Bolsonaro:
Bolsonaro: "Que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado. Não tenho prova, pô! Mas algo esquisito está acontecendo" - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF e Alan Santos/PR)
postado em 08/02/2024 14:51

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, sem provas, que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, estaria “levando US$ 50 milhões” para fraudar o resultado das eleições de 2022 e favorecer o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A fala consta no relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi dada em reunião realizada em julho de 2022, quando o ex-presidente convocou a alta cúpula do então governo para a elaboração de um plano golpista. Na conversa, ele também diz que os ministros do STF Edson Fachin e Luís Roberto Barroso receberam indevidamente US$ 30 milhões.

“Pessoal, perder uma eleição não tem problema nenhum. Nós não podemos é perder a Democracia numa eleição fraudada! Olha o Fachin. Os caras não têm limite. Eu não vou falar que o Fachin tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. O ... que o Barroso tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado. Não tenho prova, pô! Mas algo esquisito está acontecendo”, enfatizou Bolsonaro.

Segundo a PF, foi montada uma organização criminosa, com seis núcleos (desinformação, incitação aos militares, jurídico, operacional, inteligência paralela e núcleo de oficiais de alta patente), para atuar em tentativa de golpe de Estado e manter Jair Bolsonaro no poder. Também teria sido elaborada uma minuta golpista que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes.

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