decisão de israel

Celso Amorim sobre Lula ser declarado persona non grata: "Coisa absurda"

O ministro de Assuntos Internacionais de Israel, Israel Katz, afirmou que Israel não vai perdoar e nem esquecer a declaração e que Lula é "personalidade indesejável" no país

O assessor especial para assuntos internacionais também disse que Lula não vai pedir desculpas pela declaração -  (crédito: Wilson Dias/Agência Brasil)
O assessor especial para assuntos internacionais também disse que Lula não vai pedir desculpas pela declaração - (crédito: Wilson Dias/Agência Brasil)
postado em 19/02/2024 10:53

Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, disse que a decisão de Israel em declarar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como persona non grata é uma "coisa absurda". A reação israelense veio após Lula acusar Israel de cometer genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza e comparou as ações com a campanha de Adolf Hitler para exterminar os judeus.

“Isso é coisa absurda. Só aumenta o Isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse Celso Amorim ao blog da jornalista Andreia Sadi, do g1. À CNN, o assessor especial para assuntos internacionais também disse que Lula não vai pedir desculpas pela declaração, pois o governo brasileiro sempre tratou a relação entre os dois países com respeito e defende a solução de dois Estados entre Israel e a Palestina.

O ministro de Assuntos Internacionais de Israel, Israel Katz, afirmou que Israel não vai perdoar e nem esquecer a declaração e que Lula é “personalidade indesejável em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”.

“A comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”, disse o ministro em uma rede social.

O Correio tenta contato com o Ministério das Relações Exteriores para pedir um posicionamento, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno.

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