Diplomacia

Blinken diz a Lula que Maduro deve retomar acordo por eleições

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, Blinken também elogiou o petista pelo papel do Brasil em desescalar a tensão entre Venezuela e Guiana, na região de Essequibo

Antony Blinken esteve reunido com o presidente Lula, no Palácio do Planalto; depois, viajou ao Rio para encontro de ministros do G20 -  (crédito: Armando Babani / Poool/AFP       )
Antony Blinken esteve reunido com o presidente Lula, no Palácio do Planalto; depois, viajou ao Rio para encontro de ministros do G20 - (crédito: Armando Babani / Poool/AFP )
postado em 21/02/2024 15:35

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (21/2) que o chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, precisa retomar o acordo para garantir eleições livres no país. O tema foi discutido durante reunião no Palácio do Planalto, pela manhã.

Blinken ainda elogiou Lula pelo papel desempenhado durante a tensão entre Venezuela e Guiana, após ameaça de uma invasão militar na região de Essequibo, e agradeceu a participação do chefe do Executivo nas discussões por paz entre Rússia e Ucrânia. Sobre a guerra na Faixa de Gaza, ele reiterou o pedido pela libertação dos reféns feito pelo grupo extremista Hamas, e para aumentar a ajuda humanitária aos civis palestinos.

"O secretário Blinken elogiou o presidente Lula pelo papel do Brasil em desescalar tensões entre Guiana e Venezuela sobre a região de Essequibo. O secretário Blinken destacou nossa posição de que Nicolás Maduro deve voltar a implementar os Acordos de Barbados para garantir eleições presidenciais competitivas em 2024", disse o Departamento de Estado dos Estados Unidos, em nota.

Em outubro de 2023, a Venezuela assinou acordos para garantir que membros da oposição poderiam concorrer livremente nas eleições presidenciais de 2024. Como parte do trato, os EUA suspenderam sanções contra o país latino-americano. Porem, após prisões de opositores pelo governo de Maduro e medidas para impedir sua participação do pleito, o governo americano retomou algumas das sanções.

O Brasil participou da negociação, que envolveu Maduro e líderes opositores. Embora o governo brasileiro não tenha criticado publicamente as ações do presidente Venezuelano que violam o tratado, o assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim divulgou uma nota, no começo do mês, reiterando o apoio do Brasil aos Acordos de Barbados.

Libertação de reféns entre Israel e Palestina

Ainda sobre o continente americano, Blinken também reconheceu o apoio histórico brasileiro ao Haiti, e reforçou a necessidade urgente de apoio internacional no país caribenho, que enfrenta uma onda de violência entre gangues.

Já sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas, na Palestina, Blinken ressaltou o papel do governo americano na negociação. "Incluindo o trabalho urgente com parceiros para facilitar a libertação de todos os reféns e para aumentar a assistência humanitária e melhorar as proteções para civis palestinos", registra a nota.

Temas bilaterais, como a cooperação pelo direito dos trabalhadores e contra as mudanças climáticas, também foram tratados durante o encontro.

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