PERDA

Amigos e familiares se despedem de Carlos Mathias, ex-ministro do STJ

O cortejo ocorreu no Cemitério Campo da Esperança e reuniu nomes do Judiciário e políticos que conviveram com o jurista

Amigos e familiares se reuniram na despedida do ex-ministro Carlos Mathias em Brasília -  (crédito: Renato Souza/CB.DA Press)
Amigos e familiares se reuniram na despedida do ex-ministro Carlos Mathias em Brasília - (crédito: Renato Souza/CB.DA Press)

Amigos e familiares se despediram de Carlos Fernando Mathias de Souza, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, na tarde desta quinta-feira (9), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Mathias faleceu aos 85 anos, na quarta-feira (8). Dezenas de pessoas compareceram à Capela 10 do cemitério para homenagear o jurista.

Natural do Rio de Janeiro, Mathias deixa esposa, duas filhas e um neto. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conviveu por décadas com o jurista, destacou que ele deixa um legado importante para a capital federal e o Brasil. 

“Sou colega dele na Universidade de Brasília. E acompanhei também no TRF e no STJ. Sou um amigo e admirador. Uma pessoa sempre bem humorada, amigo dos amigos. Um amigo de Brasília também. Teve funções importantes aqui na gestão cultural e engajado na consolidação da cidade. Sou um admirador do Mathias e sinto muito esse desfecho”, declarou o magistrado, ao Correio.

Mathias também fez parte do Tribunal Regional Federal (TRF) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras Jurídicas (ABLJ) e presidente do Instituto Ítalo-Ibero Brasileiro de Estudos Jurídicos.

Com duas graduações, ele se formou em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Mathias deu aulas na Universidade de Brasília (UnB) e no Ceub.

O ex-governador José Roberto Arruda, que também compareceu ao velório, destacou que Mathias foi um dos responsáveis pela obra do Teatro Nacional. “Ela era um ser humano incrível, inteligência muito aguda. Uma cultura fantástica e super bem humorada. Em 1979, ele era presidente da fundação cultural, a Eurides era secretária de Educação e eu era diretor de edificações da Novacap. Juntos terminamos a obra do Teatro Nacional. Tive o privilégio de conviver com ele…  Deixa como legado o bom humor, uma cultura geral fantástica e uma passagem pela vida de Brasília muito importante”, destacou Arruda

Pelas atividades desenvolvidas na área jurídica e de docência, recebeu centenas de prêmios e títulos de instituições públicas e privadas brasileiras e estrangeiras, entre os quais a Medalha do Mérito Professor San Tiago Dantas. Também colaborou com artigos no Suplemento Direito & Justiça do Correio Braziliense. Renomado autoralista na área em que fez diversas publicações.

 

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postado em 09/05/2024 17:55
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