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Ajuda ao Rio Grande do Sul domina o debate do Lide

Na abertura do evento, o ex-presidente Michel Temer propôs a criação de uma estrutura federal, seja ministério ou agência, voltada à prevenção desses desastres naturais

Na abertura do Lide, o ex-presidente Michel Temer propôs a criação de uma estrutura federal, seja ministério ou agência, voltada à prevenção desses desastres naturais -  (crédito: Reprodução/Instagram @lideglobal)
Na abertura do Lide, o ex-presidente Michel Temer propôs a criação de uma estrutura federal, seja ministério ou agência, voltada à prevenção desses desastres naturais - (crédito: Reprodução/Instagram @lideglobal)

Nova York — A tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul e o que pode ser feito para ajudar na solução dos problemas dominou o debate do Lide Brazil Forum Investment, no Harvard Club, no centro financeiro dos Estados Unidos. Já na abertura, o ex-presidente Michel Temer propôs a criação de uma estrutura federal, seja ministério ou agência, voltada à prevenção desses desastres naturais.

“Tem que ter um organismo nacional, e, também, estaduais e municiais, em que técnicos especializados se dediquem a levantar eventuais possiblidades de incidentes climáticos e fazer a prevenção”, disse Temer, lembrando que a oposição, da qual ele faz parte, existe para ajudar: “Oposição existe para ajudar a governar, e ajuda quando critica, contesta. Temos que nos acostumar com isso. Esse é o conceito jurídico e constitucional e não é o que se aplica ao nosso país”, disse Temer, lembrando que não pode prevalecer o “se eu perder vou é o destruir aqueles que ganharam”, “isso não contribui para o país”.

Temer falou logo depois da exibição de um vídeo sobre a situação do Rio Grande do Sul, em que o governador Eduardo Leite, agradecia a solidariedade que tem recebido de todos, na maior tragédia de todos os tempos. Foi a senha para que o fundador do LIDE, o ex-governador de São Paulo João Doria propusesse: “Não vamos fazer aqui um minuto de silêncio e sim um minuto de solidariedade, levantem seus celulares e escaneiem o QR Code para doações”, afirmou, num apelo para a ajuda às doações de recursos para emergência e recuperação do estado.

Homenageado como person of The Year, o CEO da Arezzo, Alexandre Birman, lançou o movimento próximos passos que, num jantar, arrecadou R$ 10 milhões. “O maior desafio será o futuro, trabalho e geração de renda”, disse Birman, que está alugando casas em áreas não afetadas pelas enchentes para abrigar os funcionários do setor calçadista no Rio Grande do Sul.

Em todos os painéis, o tema do meio ambiente esteve presente. Na rodada de discursos dos governadores, Helder Barbalho, do Pará, foi incisivo: “Não existe tragédia ambiental de esquerda, de direita ou de centro”, disse. Barbalho lembrou que Belém será sede da Cop30, no ano que vem: ”Estamos aproveitando para construir um novo tempo para nosso estado”, afirmou.

Ex-ministras da Agricultura, Tereza Cristina e Kátia Abreu defenderam o agro brasileiro, como altamente sustentável. “Alguns, desinformados, tentam responsabilizar o agro por todas as catástrofes, não é verdade”, afirmou, Tereza Cristina, apresentando os números do setor responsável por um terço do PIB nacional, 52% das exportações e 30% dos empregos.

*A colunista viajou a convite do LIDE

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postado em 14/05/2024 13:30 / atualizado em 14/05/2024 13:30
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