
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu nota na manhã desta sexta-feira (7/3) criticando as medidas anunciadas pelo governo federal na quinta-feira (6/3) com o objetivo de reduzir o preço dos alimentos. Entre as medidas, está zerar o imposto de importação de produtos como café, milho e carne.
Na avaliação da FPA, as medidas são pontuais e ineficazes. Para o representantes do agronegócio no Congresso, a medida mais eficiente para combater a inflação é a colheira da safra que será realizada nos próximos meses e a correção de ações que elevaram o custo de produção no Brasil. Para a FPA, "o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação".
A nota ainda critica a decisão do governo e afirma que a medida não surtirá o efeito desejado. "Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável".
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A Frente Parlamentar da Agropecuária é composta por 340 parlamentares, sendo 290 deputados. Na nota, a FPA também faz uma cobrança pública e afirma que aguarda do governo federal uma posição sobre "as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas pela FPA, em conjunto com o setor produtivo nacional, na última sexta-feira (28), ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil" e pede ainda que o governo comece a discutir o Plano Safra 25/26 com garantia de implementação total de recursos,
Conforme o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR) é necessário que o governo trabalhe em uma política fiscal consistente e invista em infraestrutura para conseguir reduzir o preço dos alimentos. Entre as medidas de curto prazo estão: Desburocratização alfandegária, integrando processos alfandegários e sanitários para agilizar a liberação de mercadorias; e Revisão da tributação sobre fertilizantes e defensivos agrícolas.
Veja nota oficial completa da FPA
Medidas do governo federal para conter inflação de alimentos são ineficazes
A redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil. Importante registrar:
1. O problema da inflação não é a oferta de alimentos. O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação;
2. ?Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável;
3. ?As medidas apresentadas pelo governo federal, nesta quinta-feira (6), são pontuais e ineficazes para efeito imediato, especialmente quando se gasta recurso interno ao zerar impostos para produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira;
4. ?A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ressalta a necessidade de iniciar as tratativas do novo Plano Safra 25/26, com a garantia de implementação total de recursos, do acesso pleno e com juros adequados aos produtores rurais brasileiros; e
5. Aguardamos ainda um retorno do governo federal sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas pela FPA, em conjunto com o setor produtivo nacional, na última sexta-feira (28), ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
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