
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a oitiva de Fábio Wajngarten (ex-assessor de Bolsonaro) e Paulo Costa Bueno (advogado do ex-presidente), no âmbito do inquérito que investiga possível tentativa de obstrução das investigações da ação penal do golpe, que tramita na Corte.
O inquérito instaurado no Supremo decretou a prisão preventiva do coronel Marcelo Costa Câmara no dia 18 de junho por tentativa de obter informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Ambos são réus por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e por associação criminosa.
Para o relator, Câmara tentou acesso à delação de Cid por intermédio de seu advogado, Luiz Eduardo Kuntz, que divulgou na imprensa uma suposta conversa em que o tenente-coronel teria passado informações do depoimento da delação na Polícia Federal. O caso foi aproveitado pelas defesas dos réus do núcleo 1, que pediram que a delação fosse anulada.
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Conforme despacho publicado na tarde desta quarta-feira (25/6), a PF encaminhou ao STF as declarações da mãe e da esposa de Mauro Cid, Agnes e Gabriela, e informou a entrega voluntária do telefone celular pertencente à filha do delator, com devida autorização para acesso aos dados dos dispositivos.
Os documentos entregues pela defesa de Cid foram acompanhados de pedido de abertura de inquérito para apurar a conduta dos advogados Kuntz e Bueno e de Wajngarten sob a alegação de que tentaram contato com a filha de Cid, que tem 14 anos, na tentativa de ter acesso ao réu colaborador. Com isso, a PF terá 10 dias para entregar o laudo de extração e categorização dos dados armazenados no telefone apreendido. Acesse aqui a íntegra da decisão.
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