Diplomacia

Itamaraty rebate críticas do The Economist e defende liderança de Lula

Em nota, o nota do Ministério das Relações Exteriores respondeu as críticas feitas pela revista britânica que classificavam o petista como hostil ao ocidente e impopular no Brasil

Chanceler Mauro Vieira diz que a
Chanceler Mauro Vieira diz que a "autoridade moral do presidente Lula é indiscutível" - (crédito: AFP)

O Ministério das Relações Exteriores rebateu, em nota publicada nesta terça-feira (1º/7), o artigo da revista britânica The Economist, que classificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "incoerente no exterior" e "impopular em casa (no Brasil)".

Segundo o comunicado, assinado pelo chanceler Mauro Vieira, a "autoridade moral do presidente Lula é indiscutível" e sua atuação no mundo sustenta "com a mesma coerência os quatro pilares essenciais à humanidade e ao planeta: democracia, sustentabilidade, paz e multilateralismo".

Publicada no domingo (29/6), a reportagem da revista britânica caracteriza como governo do presidente como "hostil ao ocidente" e a países como China e Rússia. "O papel do Brasil no centro de um Brics expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula", diz a The Economist.

A publicação também classifica o Brasil como simpático ao Irã, ao citar a nota do país que criticou o bombardeio dos Estados Unidos a usinas nucleares iranianas. Na resposta do governo brasileiro, o Itamaraty afirmou que a diplomacia não faz "tratamento à la carte do direito internacional nem interpretações elásticas do direito de autodefesa".

"Como um país que não tem inimigos, o Brasil é também um coerente defensor do direito internacional e da resolução de disputas por meio da diplomacia. Não fazemos tratamento à la carte do direito internacional nem interpretações elásticas do direito de autodefesa. Lula é um eloquente defensor da Carta das Nações Unidas e das Convenções de Genebra", diz a nota assinada pelo titular do Ministério das Relações Exteriores.

No comunicado, o chanceler Mauro Vieira cita, ainda, "a posição do Brasil quanto aos ataques ao Irã e, sobretudo, às instalações nucleares é coerente com esses princípios".

"Nossa condenação responde ao fato elementar de que essas ações constituem uma flagrante transgressão da Carta da ONU. Ferem, em particular, as normas da Agência Internacional de Energia Atômica, organização responsável por prevenir contaminação radioativa e desastres ambientais de larga escala", argumenta o chanceler.

Quanto à resposta contra a invasão da Rússia na Ucrânia, o chanceler Mauro Vieira escreveu que o governo Lula condenou a guerra entre os países e defendeu resolução diplomática para o conflito.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

postado em 01/07/2025 16:59
x