Política

Moraes autoriza deputado do PL a visitar Braga Netto na prisão

Alexandre de Moraes permite que o deputado Junio Amaral visite Braga Netto, preso por suspeita de envolvimento na tentativa de golpe após as eleições de 2022

Denunciado como um dos líderes do plano golpista, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro -  (crédito: Fernando Frazão/Agencia Brasil)
Denunciado como um dos líderes do plano golpista, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro - (crédito: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nesta quarta-feira, 2, que o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) visite o general Walter Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro do ano passado após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). Braga Netto é investigado no STF por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Junio Amaral é amigo pessoal de Braga Netto e afirma que já estava planejando a visita a alguns meses. "Agora que o STF autorizou a gente vai providenciar a ida. Tenho uma consideração muito grande por ele Braga Netto. Um respeito muito grande", disse o deputado ao Estadão.

Segundo a decisão de Moraes, o encontro irá ocorrer na Vila Militar do Rio de Janeiro, local em que Braga Netto se encontra custodiado. O ministro determinou que a visita deverá respeitar as normas e regramentos da 1ª Divisão do Exército.

A data do encontro ainda não foi marcada. A decisão especifica que a visita tem "caráter estritamente pessoal", dessa forma, será vedado o ingresso de assessores, seguranças, membros da imprensa e outras pessoas junto do deputado.

Além disso, Junio Amaral deverá entrar sem celular, equipamento fotográfico ou qualquer dispositivo eletrônico. Também está proibido o registro de imagens e áudio no interior da unidade prisional, sob pena de responsabilização.

No despacho da petição, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa de Braga Netto fosse consultada previamente sobre o pedido feito pelo deputado. Os advogados do general manifestaram-se dizendo que o militar não se opunha à visita.

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Braga Netto foi candidato a vice-presidente pelo PL, na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O militar foi detido em 14 de dezembro de 2024, em sua residência, localizada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão preventiva foi solicitada pela PF e autorizada por Moraes.

Ao ordenar a prisão do general, Moraes afirmou que existem "fortes indícios" de que Braga Netto tenha contribuído de forma mais efetiva e de maior importância do que se sabia inicialmente para o planejamento e financiamento da tentativa de golpe que visava manter Jair Bolsonaro no poder. A decisão foi tomada com o apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

postado em 04/07/2025 21:56
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