Câmara dos Deputados

Guimarães lista pautas prioritárias e nega ataques do governo ao Congresso

Líder do governo na Câmara diz que LDO ficará para agosto e cita PECs dos municípios, da Segurança e do IR como prioridades na reta final do semestre

Após a reunião de líderes, Guimarães destacou as prioridades do governo e negou que o Executivo tenha atacado o Congresso por meio de publicações em redes sociais -  (crédito: Henrique Lessa/CB/D.A Press)
Após a reunião de líderes, Guimarães destacou as prioridades do governo e negou que o Executivo tenha atacado o Congresso por meio de publicações em redes sociais - (crédito: Henrique Lessa/CB/D.A Press)

Em meio às articulações para a reta final do semestre legislativo, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (8/7) que a base aliada trabalha para concluir uma série de votações até 17 de julho. 

Após a reunião de líderes, Guimarães destacou as prioridades do governo e negou que o Executivo tenha atacado o Congresso por meio de publicações em redes sociais. “Nós combinamos uma pauta praticamente de consenso para essa próxima semana”, disse a jornalistas. 

“Matérias importantes, um acordo que vai desde os projetos que já estão na pauta, como também queremos votar a PEC 66, que é dos municípios, o Imposto de Renda e a PEC da Segurança”, destacou. 

O líder afirmou que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ficará para agosto, mas garantiu que a base continuará empenhada na articulação de propostas com maior apoio na Câmara. 

Entre os projetos que podem avançar ainda nesta semana, ele destacou a Estratégia Nacional de Saúde e o projeto de licenciamento ambiental — este último ainda condicionado a um acordo entre os parlamentares. “Vamos discutir o projeto do licenciamento ambiental na quinta-feira, para ver se tem acordo para votar na próxima semana. São pautas importantes, e vamos trabalhar para votar as matérias de consenso.”

Ataques a Motta

Ao comentar os ataques recentes nas redes sociais contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), manifestou solidariedade e negou qualquer envolvimento do Executivo federal nos conteúdos impulsionados, alvo de críticas de líderes da oposição.

“Quem fez escola neste país, quem montou a maior rede de ilegalidades que feriu a democracia, foi a direita liderada pelo ex-presidente. Eles têm pouca autoridade agora para se colocarem como vítimas”, afirmou Guimarães. 

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Ele também rechaçou a hipótese de que o governo tenha financiado publicações contra o Congresso. “Nossa guerra não é contra o Congresso, nossa guerra é pela busca do equilíbrio”, concluiu.

O líder reconheceu a derrota do Executivo na tentativa de manter o decreto que prorrogava a alíquota do IOF e afirmou que a reação do Planalto foi legítima — assim como considerou legítima a decisão do Congresso em derrubar a medida.

Guimarães também destacou que o diálogo entre o governo e a presidência da Casa segue aberto. Segundo ele, houve uma “boa conversa” com a  presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Motta, sinalizando disposição para reconstruir pontes.

A expectativa, segundo Guimarães, é de que as propostas em debate avancem nas comissões temáticas e, quando houver consenso, cheguem ao plenário com apoio da maioria. Entre as prioridades elencadas pelo líder do governo estão a PEC da Segurança, a reforma do Imposto de Renda e a PEC 66, que trata da situação fiscal dos municípios.

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postado em 08/07/2025 18:03
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