
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não mencionou a morte da brasileira Juliana Marins em declaração conjunta à imprensa ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, nesta quarta-feira (9/7). Juliana faleceu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, no país asiático.
A reunião entre os dois ocorreu no Palácio do Planalto, na manhã de hoje, e faz parte de uma visita de Estado de Subianto ao Brasil. A família da vítima acusa o governo da Indonésia e a empresa de turismo responsável pelo passeio de descaso e demora no resgate à jovem após o acidente.
Da mesma forma, Subianto também não fez menção a Juliana em seu discurso. Havia a expectativa que o tema fosse abordado durante a conversa entre os dois líderes. Segundo o Itamaraty, poderia haver um agradecimento ao governo da Indonésia.
A reunião ocorreu 20 dias após a queda de Juliana, em de junho, durante a trilha. O resgate levou quatro dias, mas a brasileira foi encontrada morta. Segundo a autópsia realizada ainda na Indonésia, e um segundo exame realizado no Brasil a pedido da família, a jovem faleceu por múltiplas fraturas e ferimentos decorrentes de uma queda.
Governo acompanhou resgate
Ainda não há clareza sobre o momento exato da morte. A brasileira foi filmada viva horas após a queda inicial, mas acabou deslizando vários metros pela encosta e pode ter sofrido outras quedas. A família de Juliana Marins considera a possibilidade de processar o governo da Indonésia por negligência.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Jacarta acompanhou o resgate desde o momento em que foi informada sobre o acidente pela família, e entrou em contato com as autoridades competentes do país asiático.
Com a crescente comoção, o presidente Lula também passou a se manifestar publicamente e prometeu ajuda à família. Ele editou um decreto para permitir que o translado do corpo de Juliana pudesse ser custeado por recursos públicos, o que era proibido pela legislação até então.
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