
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, disse ter acionado organismos internacionais após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, Barros classificou a medida como “perseguição política” e afirmou que há uma “criminalização da dissidência” no país.
O parlamentar informou que enviou ofícios ao Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. No texto, o deputado aponta supostas violações ao devido processo legal e aos direitos políticos de Bolsonaro, além de alertar sobre ameaças à ordem democrática.
Barros assumiu a presidência da CREDN em março deste ano, após a licença parlamentar de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. Filipe Barros tem se posicionado como um dos principais defensores de Bolsonaro no Legislativo.
A reação ocorre após a operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (18/7), que cumpriu mandados de busca e apreensão e impôs medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo a proibição de uso das redes sociais e a aplicação da tornozeleira eletrônica. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, a decisão visa impedir uma possível tentativa de fuga.
- Leia também: Bolsonaro é alvo de operação da PF nesta sexta
Bolsonaro é investigado por supostamente liderar uma organização criminosa que teria articulado uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a PF, o ex-presidente e o filho, deputado Eduardo Bolsonaro, teriam atuado para pressionar os Estados Unidos a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, em uma tentativa de desestabilizar as instituições.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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