
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, Paulo Maurício Siqueira, comentou nesta terça-feira (22/7) sobre o posicionamento da OAB nacional a respeito da interferência internacional em processos jurídicos nacionais. Ele reforçou o que a entidade disse em nota de repúdio, ao manifestar ser veementemente contrária a qualquer interferência internacional em problemas que são “nossos”.
“Qualquer interferência internacional vai ser rechaçada pela Ordem dos Advogados”, frisou Siqueira em entrevista ao programa CB.Poder desta terça-feira (22/7) — uma parceria do Correio com a TV Brasília. Aos jornalistas Samanta Sallum e Carlos Alexandre de Souza, ele reforçou que todo eventual erro praticado em processos judiciais no Brasil precisam ser resolvidos no nosso sistema constitucional.
"Nós não admitimos qualquer tentativa de pressão para que se mude o processo legal que precisa ser cumprido nesse país, seja os Estados Unidos ou qualquer outra interferência", apontou.
O presidente da OAB-DF falou ainda que a intervenção internacional ultrapassa o limite do aceitável, pois isso afetará economicamente e socialmente o Brasil. “A Ordem dos Advogados do Brasil tem acompanhado o processo, auxiliando a advocacia quando necessário, e cobrará uma atuação firme de todas as autoridades. A Constituição precisa ser cumprida”, afirmou.
Também de acordo com ele, a OAB está emitindo posicionamentos técnicos pedindo que o Brasil vá à Organização Mundial do Comércio (OMC) fazer uma reclamação legítima. “Não pode vir os Estados Unidos querer dizer que o julgamento do Supremo não lhe agrada. OK, que faça seus comentários para lá, mas que não venha sancionar a população brasileira com isso.”
Nota de repúdio
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), junto ao Colégio de Presidentes das Seccionais, divulgou nota no último domingo em que manifesta “enorme preocupação” com os recentes desgastes diplomáticos e jurídicos entre Brasil e Estados Unidos.
A entidade repudiou “com veemência” as sanções impostas pelo governo norte-americano contra a economia brasileira e contra cidadãos nacionais, entre eles autoridades do Judiciário, integrantes do Ministério Público, empresários e trabalhadores.
Confira a entrevista na íntegra:
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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